Por que os auditores independentes não apuraram estas
fraudes? Caso as tenham apurado, os auditores divulgaram o fato à CVM? E,
ainda: O que a CVM fez com estas informações? O contador responsável pelo
registro destes atos de gestão sabia destas fraudes? Questionamos todos estes
fatos porque se a lei conferiu competência para a CVM fiscalizar as atividades
da auditoria independente, esta função deveria estar sendo exercida. A CVM
precisa vir a público justificar por que estes atos não foram apurados nas
auditorias, e, se foram, deve dizer o que foi feito com eles. Por isso, a
Polícia Federal deveria convocar o presidente da CVM e os auditores
independentes, para pedir os devidos esclarecimentos e apurar as
responsabilidades.
A pior coisa para a sociedade e a economia brasileira é
ter órgãos que não cumprem com as suas obrigações funcionais, e que, no momento
da constatação de irregularidades, não se apresentam para responder os fatos.
Os contadores brasileiros precisam tomar partido a respeito deste assunto,
através de seu órgão de fiscalização, já que cabe ao Conselho Federal de
Contabilidade a fiscalização do exercício das atividades contábeis.
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3 comentários:
1aNÔNIMO
Isso já aconteceu nos EUA, lá o Lehman Brothers era um banco de investimento tradicional do mercado de capitais. Em setembro de 2008 ele pediu concordata. Foi uma das
maiores falências da história daquele país. Detalhe importante: Empresas de auditoria não tinham detectado nenhum problema nos balanços contábeis da empresa. Da mesma forma que ocorreu com a ENRON e outras mais, aconteceu uma quebradeira generalizada das instituições financeiras daquele país. E todas tinham sido auditadas.
Pelo que se denota anonimo das 13:57, os trabalhos de auditorias não são sobre levantamento de preços das obras.
Balanços não mostram o superfaturamento em obras e nunca detectam propinas.
Quem deveria ver isto primeiramente é a controladoria da própria empresa e seus departamentos jurídicos.
Tudo indica que todos foram comprados, até o escalão mais baixo, estafetas das empresas brasileiras.
Nos EUA é diferente o sistema processual, lá mentir é crime, aqui mentir é se proteger, não fazer prova contra si mesmo, facultado a todo ladrão brasileiro.
As entidades representativas dos Contadores e Contabilistas estão devendo satisfações aos profissionais e a sociedade diante de tantos casos de corrupção. Esta omissão é nefasta aos interesses da nação e dos profissionais.
Erson Ramos - Contabilista e Acadêmico de Ciências Contábeis
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