Nos cinco primeiros meses do ano, em relação ao mesmo
período de 2013, o IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial) teve uma queda de
-2,1%, puxado principalmente pela forte desaceleração nas compras industriais
(-7,7%). O IDI é apurado pela Fiergs. A menor necessidade de insumos e
matérias-primas indica uma retração na produção futura. A Fiergs acha que para
recuperar as perdas verificadas até aqui, a atividade das indústrias gaúchas
precisariam crescer mensalmente 1% ao mês, o que é mais do que improvável.
. A Fiergs não analisa as razões das quedas continuadas
da produção industrial, o que a impede de fazer qualquer diagnóstico e buscar
soluções, embora se saiba que grande parte do que ocorre aqui é resultado de
uma política econômica que esgotou e que não oferece solução.
. As lideranças industriais marcham bovinamente para o precipício, sem enfrentar a desastrosa política econômica do governo Dilma, que já deu o que tinha que dar e não é substituída por nada. A sujeição ao caráter patrimonialista do Estado, mais o viés atrasado do setor industrial tradicional gaúcho, pode explicar esta posição submissa.
. O PIB do Brasil dificilmente crescerá mais do que 1%
este ano. O RS, apesar dos discursos grandiloquentes do governo estadual,
acompanhará este número desastroso.
. O mais curioso nos números apurados pela Fiergs é que o
crescimento de 2,3% na atividade industrial do Estado em maio, na comparação
com o mês anterior, número que inverteu a tendência, embora seja incapaz de
marcar novo vetor, é que tudo se deve, em maio, ao aumento:
- Compras de matérias-primas e insumos (6,2%)
- Massa salarial (0,3%).
. Todas as demais variáveis permaneceram negativas:
- Horas trabalhadas na produção (-1,5%)
- Faturamento (-0,9%)
- Utilização da capacidade instalada (-0,5%)
- Emprego (-0,3%).
. Também há maior ociosidade nas máquinas
e equipamentos com a queda na utilização da capacidade instalada (-2,0%). O
faturamento e as horas trabalhadas recuaram -1,5% e -1,1%, respectivamente. Os
únicos avanços foram registrados nos indicadores relacionados ao mercado de
trabalho: massa salarial real (3,0%) e emprego (0,3%).
. A Fiergs também não consegue explicar por que razão a produção industrial cai, tudo em função da redução de todos os fatores que integram sua equação, menos salário real e emprego.
. Ainda nessa base de comparação, dez dos 17 setores
industriais pesquisados registraram queda na soma dos cinco primeiros meses de
2014. Os principais responsáveis, em termos de influência sobre o resultado
global, foram Metalurgia (-15,4%), Veículos Automotores (-6,1%), Máquinas e
Equipamentos (-2,0%) e Couros e Calçados (-2,3%). Os avanços de maior impacto
ficaram com Bebidas (7,2%), Alimentos (4,7%) e Borracha e Plásticos (3,6%).
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3 comentários:
Tamo esgualepado.
A indústria brasileira está naufragando, graças a genial Doutora (ha,ha,ha ) em economia Dilma e sua brilhante equipe.
Brasil perdeu 30 anos com esses idiotas no governo, que não fizeram uma mísera reforma, apesar de todo controle do congresso, souberam apenas distribuir bolsas e mais bolsas, para garantir votos.
Mas não é o que o governo do Pinóquio diz nas propagandas do governo, em todas as rádios que eu ouço. Diz a propaganda para a gauchada ALTAMENTE POLITIZADA de mentalidade BOVINA que o nosso estado está em franco desenvolvimento, aliás, o maior do Brasil.
- Tem gaúcho que ainda acredita nesse governo petralha.
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