Se a crise desbordar para dentro do Congresso, será ameaçado até o mandato de Dilma

Durante toda a manhã e início da tarde desta segunda-feira, o editor conversou com pelo menos cinco deputados federais gaúchos do PMDB, PP e PDT, todos da base do governo Dilma Roussef, que forneceram uma boa síntese do que está ocorrendo neste momento em Brasília:

1) O governo – Dilma Roussef – parece não ter entendido que ao lançá-la candidata a presidente em março, Lula abriu a campanha eleitoral do ano que vem, e não apenas para o governo federal.

2) A campanha eleitoral em andamento contaminou a economia e a economia contaminou a política, bastando ver o efeito desastroso que teve a aparição de Aécio Neves na TV, alertando para a retomada da inflação.

2) Caso o governo não mude – e vai mudar, se der tempo – ninguém sabe o que poderá acontecer, porque em época eleitoral o Congresso precisa de que seus representantes tenham o que apresentar ao eleitor, o que não ocorre por decisão de Dilma; e é influenciado de maneira irrevogável pela voz rouca das urnas.

. O jogo ainda está sem cartas marcadas, mas pode avançar de maneira geométrica e a grande velocidade, desbordando para dentro do Congresso, onde ocorrem os desenlaces de nós políticos insolúveis, pelo menos enquanto eles não são resolvidos pela força das armas, o que ainda não é o caso.