Juros sobem, mas inflação da semana cai em cinco de oito capitais

- O tomate desnorteou Dilma Rousseff. A fruta é apenas a ponta do iceberg da alta generalizada dos preços dos alimentos.

. Como reflexo da preocupação do governo, a taxa básica de juros (Selic) subiu  0,25% nesta quarta-feira.
 
. Durante várias semanas, o governo insistiu valentemente que não aumentaria os juros, chegando a demonizar – ele e seus áulicos de sempre na mídia e na atividade parlamentar – os economistas que pregavam a mudança.

. Muita gente acreditou no governo.

. Por isto mesmo, virou escândalo nesta terça-feira, a notícia de que o ministro da Fazenda, semana passada, teria passado informações privilegiadas para alguns grupos econômicos, como JBS e Banco Pactual, que em função disto fizeram altas apostas no mercado de juros futuros – e ganharam dinheiro (CLIQUE AQUI para ler tudo sobre isto).

 . O professor da Escola de Economia da FGV de SP, Samy Danas, nesta terça, mandou dizer ao editor que só os juros não resolvem o problema:
- O governo já sinalizou que irá elevar a Selic na tentativa de conter a inflação. Entretanto, essa medida não vai ser eficaz, porque a economia brasileira precisa crescer e o governo precisa estimular isso de outras maneiras como a reforma tributária, investimentos em educação e infraestrutura. Além disso, a inflação deve continuar próxima do teto da meta de 6,5%, uma vez que, a maioria dos consumidores utilizam como fonte de crédito os cartões que irão continuar com juros altíssimos. 

. Ele disse ao editor que o governo precisa parar de incentivar o crédito desenfreadamente e aumentar a possibilidade de produção das indústrias, estimulando a ampliação de fábricas e investimentos mais longos”, diz Dana.

. Nesta quinta, o IPC-S de cinco de oito capitais registrou queda na inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal da cidade de Porto Alegre (IPC-S/Porto Alegre) registrou variação de 0,83%, na apuração realizada na segunda semana de abril de 2013. O resultado foi 0,18 ponto percentual inferior ao divulgado na primeira semana de abril, que foi de 1,01%.

CLIQUE AQUI para examinar uma tabela com as variações de preços de alguns produtos de enorme consumo popular. Antes da tabela, texto de Josias de Souza.