Rolim, Rosário, Veríssimo e o sagrado direito de propriedade

Nos últimos sete dias o editor leu três artigos de três gaúchos que falam e escrevem sobre política e todos no mesmo tom:

- Tem que ler com atenção o texto completo do 3o Plano Nacional dos Direitos Humanos, porque se trata de um documento de precioso avanço político e social.

. A constatação foi comum nos artigos assinados por Marcos Rolim, Maria do Rosário e Luiz Fernando Veríssimo.

. Cada um deles só faltou dizer que não existe novidade extraordinária no que leram. São pessoas que não se surpreendem com a supressão da propriedade, porque consideram que um novo mundo é possível, sobretudo porque o novo mundo tentado a partir de 1917 só não deu certo porque passou por desvios que podem ser resolvidos. Ou de que novo mundo se trata, porque os autores não são capazes de propor reformas nos atuais regime político e sistema econômico, como também não indicam um só lugar do mundo onde o novo mundo possível esteja instalado. O mundo do FSM, onde só prevalece o discurso único, as mesmas figurinhas carimbadas de sempre - tudo financiado pelo dinheiro público - este novo mundo é o novo velho mundo que acabou com o Muro de Berlim.

. Rolim, Rosário e Veríssimo certamente não leram o 3o PNDH ou não entenderam o que leram - ou entenderam muito bem.

. O editor, que leu, anotou, estudou e analisa o 3o PNDH quase todos os dias, chama a atenção para a revolução que o governo quer promover sem sangue, violentando o texto constitucional e introduzindo sorrateiramente o regime comunista no Brasil. Leia o que dispõe o plano, ao revogar o direito à propriedade:

Objetivo Estratégico VI :
d) Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos, priorizando a realização de audiência coletiva com os envolvidos, com a presença do Ministério Público, do poder público local, órgãos públicos especializados e Polícia Militar, como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares, sem prejuízo de outros meios institucionais para solução de conflitos.

. Trocando em miúdos, o que dispõe essa proposta é muito simples: qualquer pessoa que invadir a sua casa, o seu apartamento ou a sua fazenda e sítio, não poderá ser removida dali pela força e nem por autorização judicial. Não importa que seja um ladrão, um sem teto ou um se terra. Se você estiver dentro ou fora da sua própria propriedade, sua única alternativa será "conversar" com o bandido e torcer para que ele se convença das razões que o levam a fazer isto.

. Você não poderá se defender, chamar a polícia ou recorrer à Justiça E, também não poderá mais entrar nessa sua propriedade. "Temporariamente", ela terá "novos donos", cobertos pelo "Plano de Direitos Humanos". Você, agora, será o "sem teto", vai dormir na rua e, eles, são os "novos proprietários", até segunda ordem, mas também poderá invadir e ocupar a propriedade dos outros !