Organização criminosa promove a Operação Vaza Jato, diz MPF do Paraná

O MPF do Paraná atribui a uma organização criminosa o ataque em grande escala aos integrantes do Ministério Público, Poder Judiciário e Poder Executivo.

Ao MP e à PF cabem identificar e mandar os criminosos para a cadeia.

13 comentários:

Anônimo disse...

Nas mensagens trocadas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol publicadas até aqui está um bom resumo da Lava Jato. É a frase atribuída ao então juiz Sérgio Moro na qual ele, dirigindo-se ao procurador Deltan Dallagnol, duvida da capacidade das instituições brasileiras de lidar com a corrupção do sistema político.

A força-tarefa de Curitiba é um acontecimento relativamente recente, mas tem décadas a convicção que personagens como Moro e Dallagnol exibem da sociedade brasileira como hipossuficiente, isto é, incapaz de se defender sozinha, especialmente frente à esfera da política. Esse é também o ponto de partida para a compreensão que procuradores têm de si mesmos como “agentes políticos da lei”.

O que explica a extraordinária popularidade da Lava Jato não são esses velhos e conhecidos postulados ideológicos, mas, sim, o fato de uma imensa parcela da população ter encontrado nas ações da força-tarefa a expressão de seu profundo descontentamento com um “sistema”, sobretudo o político, encarado como principal obstáculo ao progresso dos indivíduos e do País.

A face nos últimos tempos mais identificada com o “sistema” era o PT, entre tantas siglas políticas que procuradores e juízes identificam como predadores de uma sociedade indefesa. Daí ter sido esse partido um de seus principais alvos, mas de forma alguma o único. O fato central é que o “lavajatismo” não considera o sistema político capaz de se regenerar, nem os poderes políticos (sobretudo o Legislativo).

A “tutela” exercida pelos integrantes da Lava Jato sobre uma sociedade civil entendida por eles como fraca e indefesa foi entusiasticamente aceita e se traduziu em grande medida na onda que arrasou o PT, e quase toda a política, com a colaboração de setores dominantes da mídia também. Convencidos desde o início de que enfrentariam uma formidável reação do “sistema”, especialmente dentro do Judiciário, os expoentes da Lava Jato claramente subordinaram meios legais aos fins – políticos num sentido amplo.

Assumiram que seria necessária a utilização excepcional de instrumentos de investigação e coerção, esticados até a margem da lei, para lidar com um adversário enraizado nas principais instituições. A maioria da sociedade brasileira concordou com isso e deu expressão eleitoral (na figura de Jair Bolsonaro) à noção de que era necessário “limpar” o PT e o “sistema”, ainda que se tivesse de fechar os olhos para eventuais “abusos” ou “escorregadas” por parte da Lava Jato.

Muita gente (muita mesmo) pensa que garantias legais e preceitos constitucionais e também a frase “não se deve combater crimes cometendo crimes” importam menos diante do grau de roubalheira, bandidagem, cinismo, irresponsabilidade dos dirigentes políticos e seus comparsas do mundo empresarial no “sistema”, conduzido mais recentemente pelo lulopetismo.

A revelação dos diálogos particulares entre Moro e Dallagnol enfureceu não só juristas, indignados com o que se configura óbvia violação de princípios pelos quais magistrados deveriam pautar suas condutas. Mas as consequências políticas estão sendo o contrário do que pessoas fiéis a princípios poderiam esperar com a grave denúncia de comportamento parcial ou de ativismo político por parte de integrantes da Lava Jato.

Quem calcula a “desmoralização” da Lava Jato provavelmente verá o contrário. Pode-se gostar disso ou não, mas na luta política brasileira já faz bastante tempo que princípios foram mandados às favas. Não sabemos ainda é com quais vamos tentar construir o futuro.

Anônimo disse...

Novas conversas divulgadas ontem pelo site The Intercept Brasil ampliam o raio da crise --até então centrada no ministro da Justiça, Sergio Moro, e no coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol-- e expandem o leque de dúvidas a responder. As mensagens passam a mencionar Luiz Fux, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), detalham pedido a Moro para ajudar no caso Celso Daniel (prefeito petista de Santo André assassinado em 2002) e falam em "articulação com os americanos".
O Intercept também anunciou que investiga outras duas frases: "Tremenda bolas nas costas da PF" e "Não pode cometer esse tipo de erro agora", mas não deu detalhes. O site não informa como obteve as mensagens, que teriam sido enviadas e recebidas pelo aplicativo Telegram --similar ao Whatsapp. Moro e Dallagnol não questionaram a veracidade das conversas em um primeiro momento, mas a legalidade delas. Ontem, a Lava Jato disse que hackers podem ter forjado ou adulterado conversas. Ao UOL, o Ministério da Justiça disse que são "supostas mensagens, que foram obtidas de forma criminosa". A pasta ressalta que a PF abriu investigação para apurar o caso. Quando as primeiras mensagens foram divulgadas, o ministro e o procurador disseram que não havia "anormalidade" nas conversas.
Diante dos novos trechos divulgados, algumas dúvidas surgem: Por que Moro disse confiar em Fux? Por que o MP-SP (Ministério Público Estadual de São Paulo) não teria atendido Mara Gabrilli sobre pedidos de investigação do Caso Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André? Por que Moro, a quem caberia apenas julgar, encaminha pedido de Mara a Dallagnol? Por que Dallagnol cita "articulação com americanos" ao tratar de um advogado que estava na Espanha?

Anônimo disse...

Em entrevista na BandNews FM a Reinaldo Azevedo, também blogueiro do UOL, o editor-executivo do Intercept, Leandro Demori, apresentou mensagens que diz ser de Deltan a um grupo de procuradores e depois enviadas a Moro, que responde. 13:04:13 Deltan Dallagnol - Caros, conversei com o FUX mais uma vez, hoje. 13:04:13 Deltan Dallagnol - Reservado, é claro: O Min Fux disse que quase espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições. 13:04:13 Deltan Dallagnol Em especial no novo governo. 13:06:55 Moro - Excelente. In Fux we trust. [em português, significa: Em Fux, nós confiamos] A conversa teria ocorrido em 22 de abril de 2016, um mês depois de Teori Zavascki, ministro do STF morto em 2017 em acidente de avião, repreender Moro por divulgar conversa telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff (PT) e Lula. Fux ainda não se manifestou a respeito da conversa.

Anônimo disse...

O Intercept também transcreveu uma mensagem que teria sido enviada por Mara Gabrilli (PSDB), na época deputada federal e hoje senadora, a Moro, que teria repassado o pedido a Dallagnol: "Eu tô com muito medo que aconteça alguma coisa com [o publicitário] Marcos Valério e nunca iremos desvendar esse mistério. Ontem, ele me procurou pedindo que conversasse com o Rodrigo Janot para reenviar os procuradores do MPF. Me ajuda, o que faço?" (Mensagem atribuída a Gabrilli, em 13 de março de 2017, enviada a Moro e repassada a Dallagnol).
Na sequência, Dallagnol responde que havia falado 'com Diogo, que checará' --provavelmente em referência ao procurador Diogo Castor de Mattos, que deixou a Lava Jato em abril de 2019. Ao pedir ajuda a Moro, Mara Gabrilli, segundo a mensagem transcrita pelo Intercept, disse que sentia "uma resistência muito grande aqui em SP para solucionar o caso". Na ocasião, ela relatou diálogo com Valério, que teria relatado "que os promotores [do MP-SP] não estavam interessados nesse assunto". Um ano antes, em 2016, a Lava Jato abriu sua 27ª operação, batizada de "Carbono 14" --por tratar de fatos antigos-- para investigar o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT). O MP paulista ainda não se manifestou a respeito da mensagem. A senadora Mara Gabrilli está nos Estados Unidos esta semana e ainda não se pronunciou.

Anônimo disse...

O Intercept também divulgou o que seria resposta de Deltan à suposta pergunta de Moro "Não é muito tempo sem operação?", em 31 de agosto de 2016 O procurador da Lava Jato, segundo as mensagens transcritas, escreve: É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos. (Mensagem atribuída a Deltan, às 20h05min32 de 31 de agosto de 2016 a Moro).
O Intercept diz que "tacla" é o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán. Ele foi para a Espanha, onde também tem cidadania, e afirmou ter emprestado contas bancárias no país para movimentar recursos ilegais da construtora. Mas não está claro por que Deltan cita os Estados Unidos. Sobre as conversas, a Lava Jato mantém o posicionamento de que elas não mostram "ilegalidade".

Anônimo disse...

As mensagens atribuídas a Dallagnol também mostram o procurador fazendo vários elogios a Moro. A Constituição diz que a "independência funcional" é um princípio institucional do Ministério Público. Em 13 de março de 2016, Deltan teria enviado esta mensagem a Moro: Deltan 23:14:53 Preciso que Vc assuma mais as 10 medidas ou outras mudanças em que acredite também, se entender que isso não trará problemas sérios. A sociedade quer mudanças, quer um novo caminho, e espera líderes sérios e reconhecidos que apontem o caminho. Você é o cara. Não é por nós nem pelo caso (embora afete diretamente os resultados do caso), mas pela sociedade e pelo futuro do país.
As "10 medidas" a que Deltan se refere são um pacote defendido pela Lava Jato e por Moro que prevê, entre outras coisas, o uso de provas obtidas de maneira ilegal - como a escuta de telefones ou a invasão eletrônica de mensagens de celular, da qual Moro e Dallagnol podem ter sido agora alvos.

Anônimo disse...

Porque a PF não pede ajuda do Mossad? Em 1 dia eles pegam os bandidos.

Anônimo disse...

A organuzacao criminosa tem nome identificado e alguns já estão na cadeia: LULA e Dirceu. Os parceiros estão eufóricos, alguns não saem da imprensa dando declarações e são totalmente identificáveis. Mas se a gente disser o nome lá vem a PF bater na nossa porta. Gilmar, Gilmar, contenha os arroubos.

João C. Ferreira disse...

O mais rápido possivel. Chega de moleza para criminosos. Chega de baderna patrocinada por criminosos. O Brasil precisa de trabalho, de ordem para progredir. Quem não fosta disso que vá para Cuba ou Venezuela.

Anônimo disse...

O cybercrime deve ter custado muito caro para apenas um hacker fazer. Ainda não sabemos quem financiou, mas sabemos quem se benificiou deste crime: corruptos, empreiteiras, doleiros e bancos que foram pegos e presos pela Lava Jato. Na investigação criminal se diz: quando descobrem o motivo do crime fica fácil achar quem é o criminoso/mandante .......

Anônimo disse...

Exato, juto com o Moro e o Dalagnol, os quais vazaram a conversa do Lula e da Dilma!

Campanha Moro e Dalagnol na cadeia já!

Antagonista disse...

Criminosos contra criminosos

Anônimo disse...

A maior organização criminosa do mundo e que praticou o maior assalto do planeta, liderada pelo luladrão, está tentando a última cartada, utilizando hackers regiamente pagos com pixulecos roubados da petrobras. Os arrombados cudefrango do pissol estão na linha de frente fazendo o que mais gostam, ou seja, botando o deles na reta.

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