Nos últimos meses, os riscos para a
inflação estavam assimétricos, mas para cima. Os números correntes ainda deverão
seguir pressionados, mas o cenário prospectivo se mostra mais equilibrado.
O
IGP-10 avançou 1,43% em outubro e, apesar de bastante elevado, já mostra
indícios de alguma desaceleração, lembrando que a leitura anterior tinha
apontado alta de 1,79%. A apreciação recente do real, deverá
trazer algum alívio aos preços nos próximos meses. Somente para combustíveis,
calcula-se uma defasagem entre os preços da gasolina doméstica (na refinaria) e
da internacional (em R$) próxima de 10%. Caso essa diferença seja encerrada,
teríamos um alívio de cerca de 0,15 p.p. para o IGP e 0,20 p.p. para o IPCA nos
próximos meses. Acrescentando outros fatores, como (i) um maior volume de
chuvas que reduz marginalmente o risco hídrico nos próximos meses, (ii) o
impacto mais contido do tabelamento do frete e (iii) as expectativas que seguem
ancoradas, também é possível prever maior equilíbrio no balanço de riscos para o cenário de inflação.
O mercado mantém as projeções de alta do IPCA de 4,4% em 2018 e de 4,25%
para 2019.
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