Artigo, Percival Puggina - Cunha juntou-se aos seus

Afeito ao debate político, sei que sempre há quem busque convencer e vencer sem ter razão. Os meios para alcançar esse resultado foram estudados por Arthur Schopenhauer, que listou 38 estratagemas úteis a tão torpe objetivo. O último na lista do autor e o mais vil de todos na minha opinião, é aquele em que o debatedor, sentindo-se perdido, deixa de lado o tema e passa a atacar a pessoa de seu adversário. Schopenhauer dá a isso o nome de argumentum ad personam. Recentemente, os adjetivos fascista, coxinha, golpista, direita raivosa, cumpriram esse objetivo. Idêntica intenção motivou a associação, tão insistentemente apontada quanto falsa, de que o impeachment era uma iniciativa de Eduardo Cunha apoiada por gente como ele. O inverso também não é verdadeiro.

O tema era outro e os fatos não foram esses. Em março de 2015, a nação saiu às ruas clamando contra a corrupção e pelo impeachment de Dilma, dando origem às dezenas de requerimentos nesse sentido que se acumularam sobre a mesa de Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados.

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5 comentários:

Anônimo disse...

Olha aí, Temer, a “retomada econômica” da Argentina

FERNANDO BRITO · 23/10/2016

É o insuspeito O Globo quem publica, e, portanto, não fica na conta do chamado “bolivarianismo” da esquerda:

Quando o presidente argentino, Mauricio Macri, chegou ao poder, em dezembro do ano passado, economistas estimavam que os primeiros meses de gestão seriam difíceis, mas que a economia começaria a mostrar sinais de recuperação a partir do segundo semestre. Estavam enganados. Faltando pouco mais de dois meses para o fim de 2016, está claro para todos que os primeiros 12 meses de Macri como presidente deixarão um sabor amargo. De acordo com dados oficiais divulgados esta semana, nos últimos nove meses foram perdidos 118 mil postos de trabalho e fechadas cerca de seis mil empresas. Para completar um cenário sombrio, a inflação continua alta e deverá alcançar quase 40% este ano; a pobreza chegou a 32,2% da população (superando os 29% de dezembro de 2015) e o PIB argentino, de acordo com projeções de economistas ouvidos pelo GLOBO, caminha na direção de uma retração de até 2%.

Alguém duvida que com uma política econômica francamente recessiva, como adotamos aqui – seguindo o mesmo “planinho” de ajuste nas contas públicas vamos ter desempenho diferente dos nossos irmãos portenhos?

Na reportagem de Janaína Figueiredo e Daiane Costa, dizem que “quando o presidente foi empossado (em dezembro), o consenso entre os economistas era de que a primeira metade do ano seria dura, mas o horizonte começaria a melhorar a partir de agosto. A projeção de queda do PIB era, em média, de 1,2%. Hoje, as empresas de consultoria locais estimam retração de até 2%.”

Não sei se o prezado leitor e a caríssima leitora já ouviram esta conversa.

Mas é o que ouvimos aqui deste que o pré-Meirelles, Joaquim Levy, assumiu o comando da economia e o discurso dos cortes passou a ser o único vocabulário da economia.

Macri, porém foi eleito e tinha certa “gordura” de legitimidade para queira, e a queimou.

O nosso ’14 % de aprovação”, Michel Temer , não tem nem isso.

E Eduardo Cunha de fósforo em punho para queima-lo.

Tal como se narra no texto de O Globo, apostava-se no interesse do capital estrangeiro para alavancar investimentos, que só vieram pelo rentinsmo .

Aquela famosa história que nos une a argentinos.

Sermos eles, amanhã,como dizia aquela antiga propaganda de vodka.

PARECE QUE os neoliberais sul-americanos não emplacaram papai noel como gestor da quitanda.Que maldade !

Anônimo disse...

Na última eleição para presidente, Lula e Dilma disseram ao povo: vocês não sabem do que somos capazes. Outra: Vamos fazer o Diabo para nos elegermos. Mal sabia Lula e Dilma do que " o povo " é capaz. Um inevitável IMPEACHMENT.

Anônimo disse...

Puggina:
Me explique como é que o teu governo mantem 6 pessoas do alto escalão que foram indicados pelo ultraladrão Cunha.
Telefone imediatamente ao Temer para distituí-los antes que contaminem os demais

Anônimo disse...

O PLANO JUCÁ FRACASSOU. E AGORA, TEMER?

23/10/2016

A presidente Dilma Rousseff foi afastada porque não conseguiu oferecer proteção à classe política, diante da Lava Jato, e não pelo motivo alegado das pedaladas fiscais; o que muitos caciques esperavam é que seu substituto, Michel Temer, fosse capaz de colocar em prática o plano do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de "estancar essa sangria", num acordão que envolveria até o Supremo Tribunal Federal; no entanto, o tiro saiu pela culatra; Eduardo Cunha foi preso e pode levar uma centena de deputados; além disso, os principais senadores do PMDB estão na linha de tiro e o próprio Senado foi alvo de uma inédita batida policial; incapaz, assim como Dilma, de oferecer proteção, é Temer quem agora passa a correr riscos...

Anônimo disse...

Todos sabemos os motivos pelos quais levaram a ex presidentA ao Impeachment. Ela foi incapaz de governar o país. O tempo que esteve na presidência da República, constantemente estava em atrito com o seu mentor e com o seu vice. Isso é fato. Dilma achava que não devia satisfações a ninguém. Não observava as leis vigentes no país, mandava dinheiro para fora, como se dela fosse. Gastava demasiadamente dinheiro público, principalmente em suas viagens ao exterior, recurso suado do trabalhador. Cobria furo da sua administração com outros recursos de Bcos públicos, que ela sabia ser proibidos. Enfim, Dilma atropelou a Constituição, a economia, a saúde, a educação e a segurança com sua ignorância e burrice sem limites. Com sua política desastrada, fechou inúmeras Empresas, deixando 12 milhões de desempregados. Tinha dificuldade na comunicação e sem raciocínio lógico. Era a dona da verdade, ditadora e burra. Simples assim. Com tudo isso e mais um pouco do que todos sabemos, o Impeachment foi inevitável. Ela pediu para sair.

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