As vendas do comércio varejista restrito (que exclui os
segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção),
cresceu, em termos reais, 1,2% na passagem de janeiro para fevereiro, excetuada
a sazonalidade, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada
ontem pelo IBGE. Apesar do desempenho positivo no período, o resultado foi
insuficiente para reverter o recuo de 1,9% observado em janeiro.
Em relação ao
mesmo período do ano passado, a atividade varejista sofreu retração de 4,2%,
acumulando, assim, contração de 5,3% nos últimos doze meses.
A expansão foi
impulsionada pela alta de cinco dos oitos segmentos pesquisados, com destaque
para Móveis e Eletrodomésticos, cujo crescimento foi de 5,0%, após declínio de
5,4% verificado no primeiro mês deste ano. Em contrapartida, a categoria de
Tecidos, Vestuário e Calçados acelerou sua trajetória baixista, ao cair 2,8% na
margem. Em linha com a elevação do volume de vendas, a receita nominal avançou
1,3% ante janeiro, também descontados os efeitos sazonais, sucedendo discreta
elevação de 0,1%. Ainda assim, segue em patamar inferior ao apresentado em
novembro do ano passado. Já o volume de vendas do comércio varejista ampliado,
que contempla todos os setores, subiu 1,8% na margem em fevereiro. O
crescimento acima do registrado pelo comércio restrito foi decorrente das
variações positivas de 3,3% e 3,8% dos setores de Material de Construção e
Veículos, Motos, Partes e Peças, nessa ordem. Vale destacar que o desempenho
desses segmentos foi bastante superior ao sugerido pelos indicadores
coincidentes referentes ao mesmo período. De qualquer forma, apesar da alta na
margem das vendas do varejo, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco fez previsão, esta manhã, de recuo de 0,4% do IBC-Br de fevereiro
(proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central) no período, refletindo,
majoritariamente, o recuo de 2,5% da atividade industrial. Cabe ressaltar que
os dados do setor de serviços, a serem divulgados hoje na Pesquisa Mensal de
Serviços (PMS), podem alterar os números previstos pelo banco.
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