Acho
importante comentar que os fatos políticos adquiriram tal velocidade que se
sucedem em frenética sequência, o que dificulta muito uma análise de maior
profundidade da situação política brasileira.
Em Antes que
eu me esqueça ... vou abordar aspectos
pontuais da política brasileira que, a meu juízo merecem sobreviver à força arrebatadora da
frenética sequência de fatos políticos que, praticamente a cada dia, se
renovam.
Vejam o que
sucedeu com um aspecto da guerra do impeachment que, uma vez pautado para
discussão e decisão, já ocupou a
centralidade nos debates e deliberações, tanto nas casas do Congresso,
como no executivo e mesmo no STF: a questão do voto secreto.
Ontem,
acompanhando a sessão do STF que decidia sobre o rito do processo de
impeachment, a questão novamente foi trazida à discussão entre os ministros da
Corte Suprema. Foi nesta ocasião que me ocorreu o seguinte pensamento: Na
história da democracia o voto secreto sempre foi um instituto com o qual se
pretendia defender a liberdade do cidadão, ao defender a liberdade de opinião e
decisão dos representantes frente à pressão dos poderes políticos.
Neste
sentido, a discussão separava os defensores do voto aberto na escolha dos
membros da Comissão Processante do impeachment (governistas) dos defensores do
voto secreto (oposição).
A questão
subjacente era o poder do governo (caneta que nomeia e a chave que abre o
cofre) para premiar ou punir os deputados conforme a decisão que tomassem, o
que somente poderia ser praticado se o voto fosse aberto.
Hoje, com o
rápido enfraquecimento de um governo fraco, com a megamanifestação do dia 13,
com o desgaste das delações premiadas e das conversas telefônicas de Lula com a
Presidente mais conveniente seria para o
governo que o voto fosse secreto!
Um comentário:
Inteligência do Exército confirma que dilma (em minúsculas) mandou monitorar Sérgio Moro, pela Abin https://www.youtube.com/watch?v=_fJAUjuw4wg
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