Em 2012, no dia em que o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou IPI zero para carros com motor de mil cilindradas como forma de estimular o consumo e a economia, o ex-presidente Lula fez uma brincadeira ao dizer que, em São Paulo, muita gente deve culpá-lo pelos problemas no trânsito, já que "foi esse Lula que deu carro para pobre".
Três anos depois, o mercado de carros de passeio caiu quase 25%. Ou seja: de cada quatro brasileiros que comprava um carro 1.0, um não pode mais comprar. E muitos outros tiveram que vender ou entregaram seus veículos para as concessionárias por não terem conseguido arcar com as parcelas do financiamento.
As vendas de veículos (entre carros, utilitários leves, caminhões e ônibus) encerraram o ano passado com queda de 23,9%, maior retração percentual do mercado brasileiro desde 1987. Com o recuo de 2015, o setor automotivo acumula três anos consecutivos de queda nas vendas, somando perda de 32,5%, depois de um ciclo de nove anos de alta.
Um comentário:
Sim, mas o que fizerem as montadoras para melhorar sua performance: nada. Isso mesmo. Esse setor é vergonhoso. Apesar de terem muitos carros encalhados, os preços não caíram significativamente. E poderiam ter feito. Todo mundo está cansado de saber que o lucro real das montadoras é enviado para o exterior e lucram muito mais do que na maioria dos outros países. E ainda usam peças piores no Brasil. O que fazem é demitir trabalhadores, pedir as benesses do governo e ainda esperar a melhora provável do mercado. O único motivo para ter pena desse setor é por causa dos trabalhadores.
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