O doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato,
disse nesta segunda-feira à Justiça Federal em Curitiba (PR) ter realizado um
pagamento de cerca de 800.000 reais em espécie ao PT - parte do dinheiro,
segundo ele, foi entregue a Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro
petista João Vaccari Neto. A informação é do site da revista Veja desta terça. Seus repórteres revelaram que o depoimento faz parte de uma das ações penais em
que Vaccari é réu. Vaccari e sua cunhada negam ilegalidades.
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O doleiro detalhou o pagamento da propina por orientação
da diretoria da Toshiba em um contrato do Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj). "A única operação que eu fiz que envolveu o pagamento
ao PT foi sobre uma obra do Comperj a pedido da Toshiba. Na época foi no total
800 e poucos mil reais", afirmou ao juiz Sérgio Moro. Youssef declarou que
parte do dinheiro foi entregue "na porta do diretório do PT em São
Paulo" e outra parte à cunhada de Vaccari, em espécie, em seu escritório
na capital paulista. Ele disse que ter se encontrado com o ex-tesoureiro, mas
afirmou que esse pagamento foi orientado pela Toshiba.
Youssef afirmou, porém, que sabia que Vaccari recebia
parte das "comissões" da Diretoria de Serviços da Petrobras, cujo
titular era Renato Duque, também réu na mesma ação. Ele afirmou que soube por
empreiteiros que "normalmente essas comissões eram pagas por meio de
intermédio no próprio partido". "Foi me falado na época que era
propina. O comissionamento era pago como doação", disse Youssef.
O doleiro também informou que, em dezembro de 2013,
realizou três pagamentos de cerca de 110.000 reais cada a Marice Corrêa de
Lima, a mando da José Ricardo Breghirolli, da OAS, segundo ele, o
"funcionário com quem tratava de caixa dois". Youssef explicou que
mantinha uma espécie de caixa paralelo da OAS em dinheiro vivo e que realizava
pagamentos sem saber o motivo e nem a quem. Dessa maneira, disse, ele
reconheceu Marice apenas quando foi levar o dinheiro no apartamento dela em São
Paulo. "Não sabia, nem tinha me relacionado com quem era e quem deixava de
ser. Quando ia no endereço é que eu ia saber quem era. Eu fui entregar
diretamente a ela e reconheci [a Marice] porque ela esteve comigo no
escritório."
Youssef negou que tenha participado a achaques a
construtoras e disse que elas conheciam o sistema de propinas de cerca de 2%
dos contratos e aditivos. A divisão era da seguinte forma: 1% ao PT e 1% ao PP
- dos quais 60% ficavam no partido, 30%, com Paulo Roberto Costa, 5%, com ele
mesmo, e 5% com João Cláudio Genú, ex-assessor do PP. O doleiro disse que Costa
recebeu em nome do PP cerca de 50 a 60 milhões de reais no Brasil.
2 comentários:
Youssef, para de encher o saco. Não vai dar nada - nem pra ti!
Aqui no bananão nem povo tem!
Estão todos ricos e os que forem condenados(domiciliar, em suas mansóes!!!!) irão gastar o dinheirinho roubado até o fim de suas 4as. gerações.
Que inveja!
O petralha 12:16 confessou o lema deles é QUE INVEJA.
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