Sob o título "O escritório central", o repórter Rodrigo Rangel faz revelações surpreendentes e devastadiras sobre os acertos que faziam o Instituto Lula (foto ao lado, do escritório) e diretores da Odebrecht, sempre que eranm chamados a responder questões colocadas por jornalistas e que envolvessem ambos. No fac simile ao lado, o diretor Alexandrino Alencar, bem conhecido dos gáuchos, troca mensagens com o Instituto Lula. Outras mpreiteiras envolvidas agiam em sintonia com o Instituto Lula. Documento mostra que até as explicações da Odebrecht, que pagou 1 bilhão de reais em propina, eram combinadas com a
entidade
A reportagem mostra como eram carnais as relações entre o Instituto Lula e a Odebrecht.
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O sobrado de dois andares que aparece nas páginas que
abrem esta reportagem nem de longe lembra um palácio. As aparências, como sempre,
enganam. Nele funciona desde 2011 o Instituto Lula, entidade concebida pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para servir de plataforma à sua atuação
política após deixar o Palácio do Planalto. Pelo menos no papel, os planos de
Lula para seu instituto eram o mais ambiciosos e altruístas possível. A
entidade foi concebida para funcionar como um centro de integração da América
Latina, um pilar para fortalecer a democracia nos países em desenvolvimento e
ajudar a acabar com a fome na África. Tudo muito nobre, se por trás dos
objetivos messiânicos não estivessem os empreiteiros envolvidos no escândalo da
Petrobras. As investigações da Polícia Federal já revelaram que o dinheiro
desviado da estatal financiou o funcionamento do instituto. Além disso, fica
cada vez mais evidente que o ex-presidente Lula acabou usando sua influência no
Brasil e no exterior para fomentar os negócios de criminosos - e ganhou muito
dinheiro com isso.
A favor do ex-presidente há o fato de que ele pode ter
agido com as melhores intenções - enganado pelos seus contratantes, sem saber a
origem do dinheiro que foi doado pelos empresários ao seu instituto. Ao fazer
lobby para as empreiteiras no exterior, estaria pensando exclusivamente no bem
do Brasil e nos milhares de empregos que poderiam ajudar a aplacar a miséria do
Terceiro Mundo. Se isso for verdade, ele era o único bom samaritano da
história. Na semana passada, os procuradores que investigam o petrolão
denunciaram as cúpulas das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. Esta
última, a maior do país e uma das maiores do mundo, por crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro. Os dados que sustentam a acusação são estarrecedores. A
empreiteira movimentou mais de 1 bilhão de reais em contas secretas no
exterior. Parte desse dinheiro, descobriu-se, foi usada para subornar diretores
da Petrobras.
No ano passado, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da
estatal, contou em sua delação premiada ter recebido 23 milhões de dólares em
propina paga pela Odebrecht. Era sua parte, a menor, na ampla rede de
distribuição de subornos em troca dos milionários contratos da Petrobras. A
empreiteira negava. Seguindo o dinheiro, os investigadores descobriram que a
companhia abriu uma série de empresas de fachada no exterior para esconder os
pagamentos de propina. Na sexta-feira, o juiz Sergio Moro decretou pela segunda
vez a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar e outros
executivos da companhia. A nova ordem de prisão teve por base informações
bancárias remetidas ao Brasil pelas autoridades suíças que não deixam dúvidas
de que a maior construtora brasileira está envolvida até o pescoço no escândalo
de corrupção da Petrobras.
Na semana passada, a Polícia Federal também anexou ao
processo anotações encontradas nos telefones apreendidos com Marcelo Odebrecht
e documentos apreendidos com os diretores da empreiteira. As notas mostram que
o empreiteiro, diferentemente do que vinha sustentando, não só tinha
conhecimento como exercia controle sobre as atividades paralelas da empreiteira
no petrolão, incluindo a estratégia para tentar melar a investigação. Nas
anotações constam cifras, nomes de figuras importantes associadas a cifras,
obras associadas a cifras, contas na Suíça - provavelmente as mesmas agora
descobertas pelos investigadores. Em uma das anotações, Marcelo insinua que as
contas suíças abasteceram campanhas políticas, entre elas a da presidente Dilma
Rousseff. Muito ainda precisa ser investigado.
Há outra evidência importante que eclode dessa parte da
investigação: a parceria que havia entre a Odebrecht e o Instituto Lula. Uma
troca de mensagens interceptada pela Polícia Federal e juntada na semana
passada ao processo da Lava-Jato ilustra bem a relação entre a entidade
beneficente do ex-presidente e a empreiteira que corrompeu metade da diretoria
da Petrobras nomeada por ele. Na origem da troca de mensagens está uma lista de
perguntas enviadas por VEJA à companhia sobre os pagamentos feitos ao
ex-presidente e a seu instituto. A Lava-Jato tinha acabado de revelar que a
Camargo Corrêa, outra empreiteira flagrada no petrolão, havia repassado 4,5
milhões de reais a Lula. Uma parte do valor, 1,5 milhão, foi paga diretamente à
LILS, empresa de palestras e eventos aberta pelo petista. E a outra parcela, de
3 milhões, seguiu para contas do Instituto Lula. Curiosamente, um dos depósitos
foi anotado na contabilidade da Camargo sob a rubrica "bônus
eleitorais". Como já se sabia que a Odebrecht também havia dado dinheiro a
Lula, VEJA perguntou à companhia os valores e a justificativa para tais pagamentos.
Ao encaminhar as perguntas à diretoria, um assessor da
Odebrecht primeiro explica: "Caros, a Veja nos procurou hoje para falar
das nossas relações com o Instituto Lula. Deixaram claro que o gancho deles é a
divulgação, no contexto da Lava-Jato, da 'doação' da Camargo para o
instituto". Depois, sem saber que a mensagem pararia nas mãos da Polícia
Federal, ele comete uma inconfidência: "Alex, vou alinhar com o Instituto
Lula, no paralelo". Alex, no caso, é Alexandrino Alencar, então diretor de
relações institucionais da Odebrecht, atualmente preso em Curitiba junto com
Marcelo Odebrecht. Era a Alexandrino que cabia operacionalizar a relação com
Lula e seu instituto e, nas horas vagas, providenciar pagamentos de propinas no
exterior.
"Alinhar com o Instituto Lula, no paralelo" é
um eufemismo para definir o que ocorreria nos instantes seguintes: a resposta
da Odebrecht à revista seria cuidadosamente combinada com o staff do
ex-presidente. Como era de esperar, a companhia respondeu às perguntas de VEJA
sem responder. Não informou, por exemplo, quanto pagou nem os motivos do
pagamento. "A Odebrecht fez contribuições pontuais ao Instituto Lula,
dentro do seu programa de apoio às iniciativas que ajudam a fortalecer as democracias",
escreveu a Odebrecht na resposta.
Não é a primeira vez que o Instituto Lula aparece ligado
ao petrolão e aos seus personagens. Antes de serem presos, executivos da
empreiteira UTC, também envolvida no escândalo, visitaram Lula na sede do instituto
para pedir ajuda. O mesmo aconteceu com representantes de outras construtoras
acusadas, incluindo a OAS de Léo Pinheiro. Apostavam - alguns ainda apostam -
que o ex-presidente tinha condições de usar seu prestígio nos tribunais de
Brasília para livrá-los da cadeia e até anular os processos conduzidos em
Curitiba pelo juiz Sergio Moro. Muitos dos empreiteiros-amigos não fizeram nem
questão de esconder o pedido de socorro. O próprio Alexandrino, o Alex, ao ser
preso pela Polícia Federal, pediu para dar três telefonemas. Um deles, para o
Instituto Lula.
Nota a VEJA: Em resposta a esta reportagem, o
diretor de comunicação da Odebrecht S.A., Sérgio Bourroul, afirma que a
construtora Norberto Odebrecht "tem sido questionada pela imprensa, com
frequência, nos últimos meses, sobre a contratação de palestras do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como sobre doações ao Instituto
Lula. Muitos dos questionamentos são sobre questões contratuais, por isso é
natural que sejam alinhadas entre as partes. Vale notar, porém, que embora seja
natural este tipo de conversa prévia sobre demandas de imprensa que envolvem
duas partes, as respostas enviadas por Odebrecht e Instituto Lula sempre foram
absolutamente independentes - cada qual tratando de suas
responsabilidades".
11 comentários:
CHEGOU A VEZ DESTE VAGABUNDO, CANALHA E LADRÃO, O LULA, EM IR PARA CADEIA, E CORRENDO! PILANTRA!
O Cara, o Estadista, o Honoris causa deve estar abaixo de remédio!!! A casa caiu e as descobertas das falcatruas estão apenas começando!!! Os caras achavam que eram os donos do país!!! Chega!!! Fora PT E SEUS CANALHAS!!!
Eta quadrilhão, Lula mandava seus súditos asseclas dizerem o que deveria ser dito, orientado por outros membros da quadrilha. O que estão esperando para prender o chefão, que venha o Papai do Céu dizer???
O Lula é um cara muito ingenuo,que nunca sabe de nada.
Foi assim no mensalão,no petrolão,nunca sabe de nada.
O que não o isenta de responsabilidade.
Se usou dinheiro desviado vai ter que responder por isso.
Lotearam o país e saquearam tudo, em conivência com PT, que cresceu o olho para os petralhas "enricar" no linguajar do maior hipócrita da nação.
Essa corja de canalhas e cafajestes acreditavam que nunca seriam descobertos esses conchavos e,aí surgiu um juiz que mostrou que ninguém está acima da justiça e desvendou todos os escaninhos da corrupção. Muitos já estão na cadeia e muitos outros irão fazer companhia logo, logo, a começar por Zé Dirceu, Antônio Palocci e mais adiante o chefe da quadrilha.
Estrutura de deixar a máfia italiana no chinelo!
Tá mas cadê a prova? O email é uma pergunta da Veja ao Instituto lula, o resto é enrolação total.
O POA em Cena foi lançado hoje, com coquetel. Patrocínio: Brasken. O Alexandrino compareceu?....
Muito bem, a veja deu a noticia, enrolou, mas cadê as provas? O email da veja fazendo pergunta ao instituto lula, ilegível?
SUGIRO TRANSFORMAR O ESPAÇO EM "MUSEU DA CORRUPÇÃO PETISTA".
Alguém esperava noticia favorável ao PT de Lula e Dilma na Revista VEJA. Pior que a revista espera para publicar na sexta-feira, sempre semm ouvir a versão contrária, para repercutir todo o final de semana. A Abril deve estar apavorada por $, especula-se que vai pedir recuperação judicial e, se o governo do Estado de SP, parar de cmprar a Revista Veja para distribuir nos colégios, se foi a revista.
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