Um grupo formado por quinze entidades de comércio e
serviços discute com o governo a possibilidade de flexibilizar a jornada de
trabalho no setor como uma forma de driblar a crise, de acordo com reportagem
do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira. A ideia
principal é instituir uma "cota flex" nas lojas, na qual os horários
de trabalho correspondam com o movimento dos clientes.
Para os executivos do segmento, a legislação trabalhista,
que estabelece 8 horas diárias e limites de duas extras por dia, foi feita para
atender ao setor industrial, na década de 40, e precisa ser modernizada.
"Com a jornada atual, o varejo tem quadro de funcionários maior do que
precisa em alguns momentos e menor do que o necessário em outros", afirmou
o consultor Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e
Consumo (SBVC).
Segundo as medidas que estão em discussão, trabalhadores
de terceira idade, jovens e estudantes poderiam trabalhar, por exemplo, de
quinta-feira a domingo, ou apenas duas vezes por semana, de acordo com a
demanda do estabelecimento. "Ninguém quer retirar direitos do trabalhador.
A ideia é permitir formas menos engessadas de contratações", afirma
Adriana Flosi, vice-presidente da federação das associações comerciais de São
Paulo (Facesp).
Os executivos do setor também citam exemplos no exterior
para defender a viabilidade da medida. Na loja Victoria's Secret, em Nova York,
há um cadastro de cerca de 200 vendedoras que são acionadas segundo a sua
disponibilidade para o trabalho. No Walmart, também nos Estados Unidos, pessoas
acima de 55 anos são chamadas para trabalharem como repositores de prateleira
nos horários de menor fluxo de clientes, relatam os empresários. "São
grupos, com jornadas móveis e muitos trabalham para complementar a renda",
afirma Ivo Dall'Acqua Junior, vice-presidente da FecomercioSP.
As conversas com o governo se iniciaram em maio, e
ganharam força com o cenário adverso enfrentado pelo setor: queda nas vendas e
na receita e demissões em massa.
Um comentário:
MELHOR COMÉRCIO TRABALHAR 3 DIAS POR SEMANA > TERÇAS, QUINTAS E SABADOS. PRODUÇÃO: SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS-FEIRA.
MELHORARIA TUDO, TRANSITO, FILAS, PESSOAS VOLTARIAM A APREENDER A FAZER CONSERTOS SIMPLES E CASA POIS TERIAM TEMPO, E OUTROS BENEFÍCIOS.
BANCOS, FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, JUDICIÁRIO ... FICA COMO TÁ.
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