Todos os que defendem a manutenção da maioridade penal em
18 anos são forçados a admitir que o Estatuto da Criança e do Adolescente, que
agora comemora 25 anos, é, no melhor dos casos, uma bela peça sociojurídica.
Mas é uma peça de ficção, como outras tantas produzidas em gabinetes e que não
passaram no teste da realidade. A defesa da sua manutenção, tal como está,
consagra um pensamento vicioso, porque é forçado a reconhecer que o estado
fracassou na administração do sistema penitenciário, que é um desastre na
condução do ensino público, que inexiste na produção de condições mais dignas
para quem vive nas periferias das cidades e que não tem soluções para enfrentar
os alarmantes níveis de criminalidade. Afinal, todas estas constatações foram e
são feitas por aqueles mesmos que tentam impedir, a qualquer custo, que seja
votada a PEC da redução da maioridade penal no Congresso. Mais significativo
ainda é o fato de que o reconhecimento dessa sucessão de fracassos sustente o
argumento dos governistas que desejam manter o status quo e que há quase 13
anos administram o país. Os seus porta-vozes permanecem apegados a escapismos e
a fantasias sobre a personalidade abstrata de pessoas com menos de 18 anos que
cometem crimes graves. O assunto permanece na pauta do Congresso, mas ao
histrionismo vitimista, contra todas as evidências, continua a mostrar como as
esquerdas no Brasil, em estado cognitivo-dissociativo, são capazes de violentar
o bom senso.
Por despreparo e má fé, os esquerdistas manipulam
abstrações enquanto ignoram a realidade. A abstração sempre foi inimiga do
realismo e da prudência. Ela não é a generalização a partir dos dados da
experiência, nem a formulação de hipóteses sobre regularidades constatáveis
estatisticamente. Abstrações são sistemas fechados de ideias, alguns meramente
esquemáticos, outros aparentemente mais elaborados, mais ideológicos, que são
impostos ao real e que, em muitos casos, conflitam com ele. Como sempre há
discrepância entre o ideal abstrato e os dados empíricos, o abstracionista
tende ou a abrir mão dos dados, ou a ignorá-los ou mesmo a falsificá-los, para
preservar a coerência interna do sistema abstrato no qual acredita. Cito dois
exemplos de abstracionismo clássicos: o primeiro, no qual Marx falsificou os
dados dos cadernos azuis de Gladstone, sobre a condição de renda dos
trabalhadores ingleses para provar que a rende média dos operários ingleses, ao
contrário do que os dados permitiam afirmar, cresia na Inglaterra. O segundo é
sobre o paleontólogo inglês Charles D. Walcot, diretor do Smithsonian Institut,
a maior organização de museus e curadores de sua época, no início do século XX.
Walcot descobriu , no platô de Burgess Pass, Canadá, cerca de 60
mil fósseis do período Cambriano (550 a 450 milhões de anos). A descoberta
desafiava o estado da arte darwiniano e também a mente de Walcot e, por isso os
fósseis coletados foram mantidos em segredo, nos porões do Smithsonian Museum por
oito anos, porque Walcot via nos fósseis das rochosas de Burgess Pass a negação
da teoria randômica da evolução de Darwin. Por isso, a coerência, tomada
isoladamente, ou seja, desconectada da realidade, é sinal de uma patologia nada
incomum, a dissonância cognitiva, ou seja, o desejo humano inerente de ignorar
fatos desagradáveis para preservar ideias já consolidadas na mente. Disso
resulta, na atividade racional, uma violência cometida sobre os fatos, imposta
por uma racionalidade deformada que, no campo da ciência e da política, pode
terminar em desastre.
Neste tema da maioridade penal, é evidente que, para
qualquer padrão sensato de avaliação, menores de 18 anos que cometem crimes
possuem capacidade de discernimento moral. Eles fazem escolhas conscientes e
sabem o que é legalmente permitido. Essa é a regra no plano psicológico. Nesta
faixa etária, todos sabemos o que fazemos e os criminosos não são levados para
fora da lei por algum tipo de heteronomia social ou econômica, por uma condição
de classe, raça ou de cor, como apregoa o esquerdismo abstracionista. A imensa
maioria das pessoas de qualquer idade, de todas as classes sociais, enfrenta as
dificuldades da vida dentro de parâmetros estritos de normatividade, quer
praticando-os estritamente, quer observado-os como limites de possibilidade de
convivência na sociedade. Esta realidade, como não pode ser negada pelo
abstracionista, é interpretada de modo distorcida, como prova de que as pessoas
em geral não se rebelam como deveriam contra as injustiças sociais, que elas
são mantidas em estado de domesticação pela hegemonia exercida pela classe
dominante. Muitos abstracionistas escreveram sobre isto nestes termos. Muitos
também sustentaram que a revolução e a rebeldia são expressões de uma revolta
contra condições permanentes de opressão. E que o crime, ao fim e ao cabo, é
uma forma de resistência do oprimido.
Uma vitória do esquerdismo abstracionista no campo dos
argumentos para a manutenção da maioridade penal em 18 anos representa uma
derrota da razão reta na compreensão das condições que levam um indivíduo a
praticar crimes violentos, independentemente da sua idade, em situações
psicológicas, morais, culturais ou sociais dadas. O esquerdismo reduz estas
situações ao determinismo vitimista: a culpa jamais é do autor do crime, ainda
mais se se tratar de um jovem; ela - a culpa- é distribuída pela
sociedade, está determinada pela sociedade que o produziu e que deve, esta sim,
ser reformada, mesmo que no plano idealizado,
Para o abstracionista, diga-se, esta sociedade, até mesmo
já existe conceitualmente, mas não pode ser realizada porque as forças da
reação, os conservadores, os exploradores do trabalho e da psicologia das
massas defendem seus interesses por meio de instituições opressoras, como a lei
que pune vítimas sociais que optam pela marginalidade. Abstracionistas sequer
são capazes de fazer uma discussão equilibrada sobre as razões da existência
dos alarmantes índices do crime no Brasil e sobre a disfuncionalidade abjeta
das penas na nossa sociedade, do sistema de progressão de regime prisional, do
crime sistêmico que enlaça tráfico de drogas e roubo e dos fatores que levam à
reincidência. Quando falam sobre o assunto, recaem na ladainha das
desigualdades e injustiça sociais. Põem-se a teorizar sobre direitos vagos à
ressocialização não-punitiva, sem, ao menos, exigir do estado que faça os
necessários investimentos em prisões e na sua administração, que hoje existem
como antros dominados por grupos criminosos organizados. Parecem ignorar que o
Brasil, depois de áreas de conflito e guerras civis, é o país onde mais se mata
no mundo, com uma marca de 55 mil assassinatos por ano.
O esquerdismo mostra, também neste assunto, que é a
infantilização dissonante da razão. Mas a Câmara dos deputados parece não estra
se intimidando com o ataque colérico dos abstracionistas. A vontade esmagadora
em favor da mudança na Constituição, que permitirá a nova norma, ao que tudo
indica, tem todas as chances de prosperar no Congresso. Caminhamos, com isto,
para resolver, não por óbvio, todos os problemas da criminalidade endêmica no
Brasil, mas uma situação de anomalia de impunidade que existe na relação entre
o estado e aqueles que praticam crimes repulsivos em quaisquer faixas etárias.
Nem sempre, é claro, o abstracionismo da esquerda, ao
qual fiz menção acima, determina as decisões políticas no Brasil e, mais ainda,
termina vencedor em disputas parlamentares. A vitória da primeira votação da
PEC que instituiu a idade penal para maiores de 16 anos (falta mais um turno na
Câmara e dois no Senado), em caso de crimes graves que atentam contra a vida
(PEC mitigada com relação a primeira, que foi rejeitada) nos força a reconhecer
que o bom senso e o componente realista estão pautando as decisões da maior
parte dos deputados federais. E isto em que pese o desproporcional empenho do
governo e das esquerdas em derrotar a emenda que altera a constituição. Viu-se
– e ainda se vê- nesta queda de braço entre os realistas, que contam com o
apoio de mais de 85 por cento da população brasileira, segundo as pesquisas, e
os abstracionistas, que contam com eles mesmos e com uma legião de ONGs
sustentadas pelo estado para atuarem nas áreas de assistência a jovens
infratores, que a força dos argumentos tem sido, pelo menos até aqui, mais
efetiva que a força da delinquência política orientada pela dissonância
cognitiva dos esquerdistas.
O governo investiu pesadamente na tentativa de
desmoralizar os defensores da PEC – a começar pela campanha de difamação contra
o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara – que diminuiu, em votação de
primeiro turno, a idade penal. Uma reflexão sobre o empenho governista, ainda
mais em se tratando do Partido dos Trabalhadores e da esquerda que é satelizada
por ele, revela que não está em jogo, nesta disputa entre os que querem
diminuir a idade para a responsabilização de crimes e os que querem mantê-la
tal como é hoje, apenas questões fáticas ou doutrinárias específicas. As
esquerdas defendem, com suas posições, um status quo sistêmico, regado a
bilhões de reais que saem dos cofres públicos para abastecer ONGs e uma
burocracia de assistência aos menores de idade infratores que, com a aprovação
definitiva da PEC, simplesmente deixaria de ter razão de existir.
É desnecessário ser exaustivo neste ponto, mas um ou dois
comentários devem ser feitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente, que, tal
como é hoje, será remetido para a lixeira da história, caso a PEC votada em
primeiro turno venha a ser confirmada mais uma vez na Câmara e, depois, no
Senado. O ECA vem sustentando a existência de uma rede assistencialista e
ineficaz para menores infratores, onde operam desde promotores de justiça,
assistentes sociais e psicólogos a ONGs financiadas por dinheiro público. Este
aparato é, como sabemos, caro e injustificável, porque a criminalidade entre os
jovens só faz aumentar. Pelas estatísticas disponíveis ao Ministério Público de
São Paulo, entre 15 e 30 por cento dos crimes violentos naquele estado são
cometidos por jovens na faixa de 15 a 18 anos. O ponto, aqui, é que não há
estatísticas mais precisas para todo o país, o que, por si só, já demonstra a
inconsequência com que o assunto é tratado pelas autoridades de segurança em
nível nacional. Com base nos dados de que dispomos, se contarmos apenas os
homicídios, e considerarmos que 10 por cento dos crimes contra a vida são
praticados por menores, isto significa que das 55 mil vítimas anuais destes
crimes no Brasil, no mínimo 5,5 mil deles são cometidos por menores de 18 anos.
O número é alarmante e, só por ele, já estaria justificada
a redução da responsabilização criminal. Já vi, por ouro lado, defensores da
manutenção da maioridade penal em 18 anos governistas e nefelibatas afirmarem
que apenas 1 (um) por cento dos homicídios cometidos no Brasil são de autoria
de menores de 16 anos, sem apresentarem qualquer fonte para estes dados. Bem, a
afirmativa é ridícula, por dois motivos: primeiro, porque apenas 8 (oito) por
cento dos homicídios praticados no país são esclarecidos, segundo dados do
próprio Ministério da Justiça. Assim, como podemos saber se dos 92 por cento
restantes, apenas 1 (um) por cento é praticado por menores? E, segundo, ainda
que fosse apenas 1 (um) por cento o número de homicidas juvenis, porque não se
aplicar a estes as penas comuns?
Os bandidos juvenis fazem parte daqueles grupos sociais
mais marginalizados da população, é verdade. Mas o número de homicidas e
ladrões violentos entre eles demonstra que vivemos numa sociedade em que a
carga dissuasória para o cometimento de crimes é baixa, ou seja, que o caráter
preventivo da pena é ineficaz e que é urgente elaborarmos, no plano da
repressão (a mudança da lei) e do ensino formal -os dois eixos de estruturação
de uma política de combate à violência – uma estratégia capaz de ser efetiva
com relação ao combate à criminalidade juvenil. Outro detalhe importante: em
sua grande maioria, são os menores mais pobres que cometem crimes graves, mas,
também, é a população mais pobre que é sua vítima.
A questão, assim, se resume ao que fazer com os menores
delinquentes. O número devastador de criminosos juvenis, sempre velado por
estatísticas inexatas e pela retórica abstracionista, afasta, na realidade,
qualquer interpretação leniente do problema da criminalidade no país, porque
desnuda aquilo que todos sabemos, tanto pelas informações contínuas, embora
desconectadas, que recebemos, como pela certeza de insegurança constante em que
vivemos. Para os abstracionistas, como já escrevi, estes assassinos devem ser
tratados como incapazes e submeterem-se apenas a uma tutela socioeducativa do
estado, que, depois de, no máximo três anos, se esgota e os libera para a vida
social, independentemente da gravidade do crime que cometeram. Isto não é pena,
é terapia e das piores, porque grande parte dos criminosos que são submetidos a
ela, volta a praticar crimes depois dos 18 anos. Já para os realistas, que
apoiam a redução da maioridade penal, estes criminosos devem sofrer as sanções
da mesma lei válida para adultos, como forma de punição. Não nos esqueçamos que
a punição retributiva é uma função central da aplicação da lei criminal. E
mais, que somente no curso do cumprimento da pena, os criminosos juvenis
possam, como os demais apenados, tentar se reinserir na sociedade. A prisão,
mesmo nos países mais avançados no mundo, não é, certamente, a melhor das
escolas. Mas, se administrada com controles rígidos e eficazes, pode, sim,
ajudar na ressocialização, dependendo da disposição do apenado, ainda mais se
levarmos em conta que, no Brasil, o mais abjeto assassino ou estuprador tem
direito, depois de condenado, a regimes progressivos de pena, de fachado à
semi-aberto, de semi-aberto à aberto. Ou seja, ninguém, excetuando-se, os
sociopatas reincidentes, cumpre a totalidade de sua pena em reclusão.
Pode-se argumentar, mais uma vez ao estilo abstracionista,
que as prisões brasileiras são precárias, que jovens criminosos serão
simplesmente misturados a adultos criminosos em cadeias superlotadas,
controladas por facções criminosas. Mas isto é desenvolver um argumento
falacioso: a mudança de assunto. Mudamos de assunto quando dizemos que os
governos que se sucedem, em nível estadual e federal, são incompetentes e
insensíveis para tratar com a questão prisional, uma vez que não é disso que se
trata quando propomos uma análise sobre a questão penal. O argumento não pode
ser arrolado para precarizar a lei penal, relativizando sua aplicação por
fatores administrativos, porque, desta forma, estaríamos simplesmente,
comprometendo a forma lúcida de compreender o problema, a saber: a correta e
exigida aplicação da pena demanda (a) mais prisões, (b) mais prisões
controladas pelo estado (ou terceirizadas) e não pela criminalidade (c) mais
prisões controladas nas quais, à pena de privação de liberdade, não seja
agregada outra, a de humilhação compulsória.
Quanto aos jovens criminosos, que se providencie
dependências prisionais adaptadas e separadas, a exemplo do que ocorre em
vários outros países do mundo. O que não dá mais para tolerar é a impunidade de
pessoas que mataram ou estupraram, e que pelo fato de não terem completado 18
anos ainda, sejam eximidas de responsabilidades e tratadas, pelo estado, como
meras crianças disfuncionais que, depois de uma precária atenção
assistencialista, podem voltar as ruas como se jamais tivessem praticado crimes
graves. Elas não são crianças em nenhum sentido do termo. São jovens adultos
que fizeram escolhas pelo crime. E na civilização, a punição corresponde ao
crime praticado, para que seja preservada a ordem social em um de seus
fundamentos: a garantia da aplicação da justiça.
Que se continue a aplicar o ECA, não o atual, mas outro,
a delitos de baixo potencial ofensivo praticados por menores. Ninguém tem nada
contra isso. Que se façam investimentos em educação formal em casas de
ressocialização para menores que furtaram, envolveram-se com drogas e não
provocaram danos irreversíveis às suas vítimas. Apenas uma mentalidade
paranoide pode querer equiparar estes tipos de crimes aos crimes graves, que
terminam em morte ou violência insana, como o homicídio, o latrocínio ou o
estupro, que um número elevado de menores tem praticado impunemente no Brasil.
Até mesmo porque a juventude está entregue às drogas no Brasil e uma das
primeiras consequências desta realidade é a ruptura com os freios morais. Por
isso, não se pode mais é distorcer ideologicamente a realidade para adaptá-la a
uma abstração delirante sobre as causas da criminalidade, cujo pressuposto é
que os criminosos, sejam de que idade forem, são compelidos a condutas
desviantes pelo, digamos assim, mundo desigual em que vivem. Este tipo de falsa
racionalidade é uma abstração dissonante da realidade, mas continua sendo
defendida por intelectuais da esquerda brasileira e pela mídia militante que os
apoia e que faz ecoar o efeito nefasto de suas ideologias de poltrona . A
realidade é que as maiores vítimas da delinquência juvenil são jovens e adultos
de periferia. A verdade é que as abstrações desta natureza demonstram o quanto
ainda estamos distantes de pensarmos em soluções efetivas para os nossos
problemas mais urgentes.
3 comentários:
O Milmann é um jornalista excepcional. Porém, extrapolou misturou ideologia marxista que que repugno, com o sistema penal juvenil, misturou sua oposição ao governo petista com críticas ao ECA que não foi invenção petista; confundiu filosofia abstracionista com neurociência, medicina do desenvolvimento , e condena os avanços da psiquiatria da criança e do adolescente. Quero o jovem que mata na cadeia mas não condená-lo pra sempre. Esquece na seu comentário radical e emocional que o problema da criança e do jovem é simplesmente o adulto. Caro Miilmann! Se quiser, posso alimentá- lo com literatura e material . O ECA deve ser reformado mas não enterrado.
O artigo de LUÍS MILMAN é simplesmente brilhante. Expressa tudo o que penso a respeito da questão.
Aqualito e Pingo de Cristal
Quem ler esse artigo do jornalista Luís Milmann, pode pensar que o ECA trata exclusivamente da parte dos delitos e das infrações dos menores, como se fosse uma espécie de Código Penal para menores, digamos assim. Mas trata-se de um Estatuto bem mais amplo. O combate e a erradicação do trabalho infantil, por exemplo, tem sua base no ECA. Esse também estrutura todos os Conselhos Tutelares espalhados pelo Brasil. Avanços como redução da mortalidade infantil e da pobreza, universalização do acesso ao ensino fundamental e criação de conselhos tutelares são frutos do ECA. O Conselhos Tutelares são responsáveis por receber e apurar denúncias sobre violações dos direitos da criança e do adolescente, que incluem maus-tratos, crianças fora da escola, trabalho e prostituição infantil ou do adolescente. Por último, importante dizer que, juntamente com o Estatuto do Idoso, essas leis são o resultado de exigências da ONU (mais especificamente da OIT), da qual o Brasil é país membro. Outro risco é o de ler o artigo e imaginar que o ECA é obra do PT ou dos "esquerdistas", quando na realidade o referido Estatuto ele já tem 25 anos! Apesar dos avanços, a distância entre o que a lei estabelece e a realidade também é grande em áreas como educação, saúde e proteção ao menor.
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