O governo brasileiro anunciou uma redução na meta de economia para este ano: de 1,1% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, a meta cai de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,747 bilhões --sendo R$ 5,831 bilhões da União e o restante para Estados e municípios. A meta foi estabelecida em 0,7% do PIB em 2016, 1,3% em 2017 e 2% em 2018.
Também foi anunciado um corte adicional de R$ 8,6 bilhões
no Orçamento --em maio, o governo já tinha anunciado um corte de R$ 70
bilhões.
Além disso, o governo subiu sua projeção para a inflação
em 2015: de 8,26% para 9%. E piorou a previsão de encolhimento da economia
neste ano: de 1,2% para 1,49%.
Os anúncios foram feitos nesta quarta-feira (22) pelos
ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), durante
apresentação do Relatório de Receitas e Despesas.
Redução da meta de economia
A meta de economia, chamada de superavit primário, indica
quanto o governo deve poupar para pagar os juros da dívida e não deixar que
essa dívida continue aumentando.
Alcançar a meta original foi ficando mais difícil já que
o governo tem arrecadado menos com impostos, devido à desaceleração da
economia.
Em 12 meses até maio, último dado disponível, o país não
tinha conseguido economizar nada. Pelo contrário: acumulou um deficit
equivalente a 0,68% do PIB.
O ministro da Fazenda resistiu inicialmente a reduzir a
meta por temer que enviaria o sinal errado aos mercados sobre o compromisso do
governo com o ajuste fiscal.
Nesta quarta, Levy disse que a mudança não indica
"abandono do ajuste fiscal", e citou o "compromisso" em
garantir a disciplina das contas públicas.
Barbosa, por sua vez, disse que a revisão da meta é
"parte de uma política de responsabilidade de longo prazo" e que um
projeto de lei propondo a mudança foi encaminhada ao Congresso.
Ajuste fiscal
O governo vem tentando reequilibrar as contas públicas para
evitar que o país perca o cobiçado grau de investimento, que indica aos
investidores que o país é um bom pagador.
Porém, tem enfrentado dificuldade para aprovar as medidas
de ajuste fiscal no Congresso.
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