"Pixuleco", era essa a palavra que, por pudor, vergonha, ou puro
despiste, João Vaccari Neto usava para se referir ao dinheiro de propina com
que a empreiteira UTC abastecia o caixa de seu partido.
A revelação é da revista Veha que já está nas bancas.
O dono da UTC, homem prevenido, filmou tudo.
Leia tudo:
Homem do dinheiro, João Vaccari Neto é citado em
diferentes trechos da delação de Ricardo Pessoa. O tesoureiro do PT aparece
cobrando propina, recebendo propina, tratando sobre propina. O empreiteiro
contou que conheceu Vaccari durante o primeiro governo Lula, mas foi só a
partir de 2007 que a relação entre os dois se intensificou. Por orientação do
então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos da Operação
Lava-Jato, Pessoa passou a tratar das questões financeiras da quadrilha
diretamente com o tesoureiro. A simbiose entre corrupto e corruptor era perfeita,
a ponto de o dono da UTC em suas declarações destacar o comportamento diligente
do tesoureiro: "Bastava a empresa assinar um novo contrato com a Petrobras
que o Vaccari aparecia para lembrar: 'Como fica o nosso entendimento
político?'". A expressão "entendimento político", é óbvio,
significava pagamento de propina no dialeto da quadrilha. Aliás, propina, não.
Vaccari, ao que parece, não gostava dessa palavra.
Como eram dezenas de contratos e centenas as liberações
de dinheiro, corrupto e corruptor se encontravam regularmente para os tais
"entendimentos políticos". João Vaccari era conhecido pelos comparsas
como Moch, uma referência à sua inseparável mochila preta. Ele se tornou um
assíduo frequentador da sede da UTC em São Paulo. Segundo os registros da
própria empreiteira, para não chamar atenção, o tesoureiro buscava "as
comissões" na empresa sempre nos sábados pela manhã. Ele chegava com seu
Santa Fé prata, pegava o elevador direto para a sala de Ricardo Pessoa, no 9º
andar do prédio, falava amenidades por alguns minutos e depois partia para o
que interessava. Para se proteger de microfones, rabiscava os valores e os
porcentuais numa folha de papel e os mostrava ao interlocutor. O tesoureiro não
gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha.
Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava o "pixuleco".
Assim, a reunião terminava com a mochila do tesoureiro cheia de
"pixulecos" de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um último cuidado,
segundo narrou Ricardo Pessoa: "Vaccari picotava a anotação e distribuía
os pedaços em lixos diferentes". Foi tudo filmado.
11 comentários:
Cada enxadada uma minhoca,nessa enxadada sairam muitas milhocas que servirão para uma boa pescaria.
esse filme eu quero ver!
vai ser best seller!
Este é um petralha ladrão-envergonhado. Isso é atenuante para reduzir a cadeia?
O Vaccari-ladrão é o herói festejado dos petralhas. Nada mais justo o partido-quadrilha homenagear um destacado quadrilheiro, a escória,
a ralé. De bandidos para bandido com amor.
Que vergonha, Dilma renuncia...
Cada enxadada....umas 10 minhocas.
Eu quero ver esse filme - minha cidade - Tabira sertão do pajeú Pernambuco Cadeia para Lula e Dilma
Não foi esse que aplaudiram de pé no últimaoconvescote do PT ?
... A hora deles está chegando !!!
Roberto Jardim
A morte de Celso Daniel ronda os escusos petistas clepto-ideologizados e canalhas!
Será que se tivesse filme contra o PeTe, acha que o PF ou o MPF ou a Justiça Federal já não teriam vazado?
Filme não "vaza" é cagado seu PTRALHA das 13:38!
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