Marta Sfredo, Zero Hora, conta quem é o lobista gaúcho Milton Pascowich, preso hoje em SP

A jornalista Marta Sfredo, Zero Hora, conta no site do jornal, hoje, que o empresário que teria aproximado a Engevix da Petrobras, Milton Pascowitch é gaúcho, nascido em Porto Alegre, e de família rio-grandina. Ele já havia sido citado na Operação Lava-Jato, mas ganhou holofotes no depoimento em que o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada relata que pagava a intermediários – Alberto Youssef e Pascowitch – para manter "bom relacionamento" com a Petrobras.

Leia a reportagem da jornalista:

No trecho mais contundente (do depoimento), Almada diz: "Não sei o que o Pascowitch fazia com o dinheiro, (...) se não pagássemos poderíamos não pegar novas concorrências (...). Ele era o link que eu tinha com o PT e com a Petrobras". Os intermediários ficariam com até 1% dos contratos em que atuavam, nesta versão. E Pascowitch teria apresentado Almada aos ex-diretores de Abastecimento Paulo Roberto Costa e de Serviços Renato Duque.

O foco em Pascowitch foi reforçado pela quebra de sigilo da lista de clientes da consultoria do ex-ministro José Dirceu. Uma empresa que ele mantém em sociedade com o irmão José Adolfo, a Jamp Engenheiros Associados, aparece como origem de um pagamento de R$ 1,45 milhão à JD Assessoria e Consultoria, a empresa do ex-ministro de Lula.

Além desse, a Jamp tem escassos registros de negócio. Um dos raros é uma pequena participação na empresa Águas de Marília, que presta serviços no município paulista. Lá, ninguém aceita sequer confirmar a sociedade. A assessoria de imprensa da Ecovix, dona do Estaleiro Rio Grande, diz não ter detalhes sobre a ligação de Milton Pascowitch com a companhia formada por Engevix, Funcef (fundo de pensão da Caixa) e um grupo de empresas japonesas lideradas pela Mitsubishi Heavy Industries.

O pai de Milton, Paulo Pascowitch, é um rio-grandino ilustre. Instalou no Brasil uma fábrica da Lambretta, em 1955. Teve papel tão decisivo que a empresa chegou a receber parte de seu nome, Pasco Lambretta. Mas nem assim a família ou seus descendentes são muito lembrados em Rio Grande. Um dos poucos que conheceu Paulo, já em idade avançada, é o historiador Willy César Ferreira, que ouviu a história do início da Lambretta no Brasil.


Ao contrário de Almada, homenageado em setembro passado pela Câmara de Comércio de Rio Grande, Pascowitch não costumava circular no meio empresarial e administrativo do Estado. Mas quando andava pelo Rio Grande do Sul, costumava ser apresentado como "da Ecovix". Um dos raros registros dessas passagens ocorreu durante palestra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita em 5 de junho do ano passado. Mas era tão discreto que nem quem posou para foto perto de Pascowitch lembra dele. O empresário não havia respondido às tentativas de contato da redação de ZH antes de ser preso.

6 comentários:

Anônimo disse...

É de Porto Alegre, o pai era papareia.
https://apasco.wordpress.com/2009/09/03/obituario-de-paulo-pascowitch/

Anônimo disse...

É de POA, o pai era papareia. Mas Rio Grande nunca teve uma grande colônia Judaica mas alguns são conhecidos.
O dono da extinta Caderneta Delfin e depois reitor da Univercidade do Rio é ou era papareia. O jornalista Jaime Copstein, e o gordo chato, desde a infãncia< que foi candidato nas últimas eleições Ruben goldenberg.

Anônimo disse...

Orra mas so sai tranqueira ai do Sul hein. Luciana Genro, Maria do Rosario, Tarso e agora esse picareta.

E olha que mandamos a Yeda e voces fizeram o diabo com ela...

Onde estao os gauchos de bem?

Anônimo disse...

Senhores, notem que a JAMP é acionista minoritária da empresa de águas de Marília-SP. Quem estava na chefia do departamento de águas e depois foi prefeito, acusado de irregularidades? O Toffolinho brother.

Gustavo disse...

muito boa a materia da zh..
será que essa mesma repórter (ou jornalista, tanto faz) fará matéria, no mesmo veículo, sobre a zelotes?

Anônimo disse...

Advogado de Pascowitch diz que ele foi preso para delatar:

Theo Dias afirma que ‘não havia risco de fuga’ de Milton Pascowitch, operador da Engevix, alvo da Lava Jato; segundo ele, medida representa ‘metodologia de prender para forçar as pessoas a falarem’; segundo a colunista do 247 Tereza Cruvinel, juiz Sergio Moro quer delação que incrimine o ex-ministro Dirceu e promova seu retorno à prisão....

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