Médicos protestarão as 16h diante do Palácio Piratini. Em xeque a má saúde pública.

Em Porto Alegre os médicos farão concentração, hoje, 16h, diante do Museu de História da Medicina (ex-Beneficência Portuguesa) e depois caminharão até o Palácio Piratini, tudo para protestar contra a proposta feita pelo governo federal para importar médicos sem revalidação de diplomas no Brasil. O presidente do Simers, Paulo Argollo, avisou:

- Isto é uma mistificação.

. O governo quis inicialmente importar médicos de Cuba, mas diante da reação da classe médica e da opinião pública, decidiu abrir 6 mil vagas para profissionais de outros Países. Todos receberão salários iniciais de R$ 10 mil, segundo o governo, coisa que nenhuma entidade médica acredita.

. Ocorrerão manifestações também em Caxias, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Santa Cruz do Sul.

. Os médicos avisam que o problema da saúde não é falta de médicos, mas melhoria de toda a infraestrutura da área pública da saúde, melhores salários e plano de carreira. Eles querem que os médicos sejam considerados como membros de carreira de Estado, como é o caso dos procuradores e auditores fiscais. 

12 comentários:

Anônimo disse...

Mesmo que paguem R$ 20 mil, qual é o médico que vai querer trabalhar nas pocilgas do interior ???

Tudo quebrado, sujo, faltando manutenção e medicamentos ...

Anônimo disse...

R$ 15,00 paga por consulta no SUS!!!!

Anônimo disse...

Um médico que não aceita R$ 20 mil por mes e não aceita trabalhar no interior e postos de saúde, segundo ele posilga, que mude de profissão.

Parace que os elementos só aceitam trabalhar em hospitais de grande complexidade, quando na verdade de hospitais de média e pequena complexidade, postos de saúde, onde se faz o primeiro atendimento e, se for de simples resolução, se resolve ali mesmo, mas se constatado gravidade se encaminha para exames ou direto para o médico especialista.

Ou seja, os bonitões (bundinhas) não querem fazer o primeiro atendimento (triagem) de jeito nenhum e os pobres que se "f..".

Anônimo disse...

Políbio, não és um grande defensor da livre iniciativa. Que a concorrência aperfeiçoa a qualidade das mercadorias, serviços e reduz os seus preços? E que os melhores sobrevivem no mercado? Por que os médicos são tão contra a abertura de novos cursos de medicina? Em muitas cidades novos médicos não conseguem atuar por que os que já existem não deixam que aquele médico possa trabalhar em determinado hospital? Por que não querem que venham concorrentes de fora do país. Se são tão bons médicos não perderão mercado, certo? Hoje vivemos uma realidade que se um médico for péssimo, ganha no mínimo 20 mil reais por mês. Sem contar os empregos em prefeituras, plantões de hospitais que nunca estão presentes. Uma coisa muito importante, os médicos são os maiores sonegadores de imposto de renda, por que não querem dar recibo? Por que muitos não recebem com cartão de crédito ou débito? Por que sempre foram por fora para atender pelo SUS ou Plano de Saúde. Por que não há uma regulação dos preços das consultas médicas? Desafio os médicos a divulgarem as suas declarações de imposto de renda para ver se isso condiz com a realidade.

Anônimo disse...

R$ 15,00 a cada 5 minutos, seriam R$ 180,00 por hora, R$ 28.800,00 por mês. É pouco isso?

Anônimo disse...

Se cubanos resolvessem alguma coisa com competência já teriam deposto o ditador Fidel há muito tempo atrás e teriam saído da m...a ideológica em que se meteram.

Anônimo disse...

No Site do Terra tem um gráfico que consta: Inglaterra 40% de médicos estrangeiros,Canadá 25%,EUA 20% e Brasil 1%.Então perguntamos quantos médicos CUBANOS há nesses países?Acredito que nenhum,pois os paíse desenvolvidos pagam muito bem para arrebanhar os melhores médicos dos outros países,como do Brasil da Índia etc...Além de pagarem bem ainda proporciona um local digno para exercer a profissão.Nos prontos socorros do SUS por esse Brasilzão padece das mínimas condições de trabalho.

NAPALM disse...

Parte 4/4 - Continuação

g) que diabos chamar um aglomeramento de 1.000 - 1.500 pessoas no meio do nada (seja na Lua, em Marte, na Floresta Amazônica, no Saara...) de "cidade"? Cidade sem rua pavimentada, sem escola de ensino secundário, sem delegacia de polícia, sem hospital? Isto é uma colônia ou, em melhor termos, um povoado. Não existem cidades sem médicos; existem é colônias / povoados sem serviços básicos (inclua-se aí os de saúde). Querer que toda colônia / povoado - no fim do mundo - tenha um médico que resida lá 24-7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) é insanidade ou desonestidade intelectual! Num lugar desses, vão querer também o quê? Um dentista que tenha aparelho de Rx e faça tratamento de canal? Um heliporto ou um aeroclube? Esses povoados surgem porque pessoas se metem a "mateiros" / desbravadores e vão tomar posse de terra, procurar ouro, cortar madeira... arriscando a própria pele e sob à margem da lei: não foi o progresso quem criou estas "cidades" e sim a ganância / ambição, associando-se depois ao oportunismo de pessoas (leia-se, políticos) que decidiram ser representantes dos problemas que essas mesmas pessoas criaram.

Aos idiotas letrados: aprendam o que é viver no inferno (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il3001201106.htm) e porque existem pessoas que aceitariam sair de certos lugares - onde supostamente são livres - ainda que para viver como #escravas subpagas# no mundo "pecaminoso, degradado, vil e injusto" do capitalismo.

Abraços ao editor,


NAPALM

NAPALM disse...

Parte 3/4 - Continuação

e) o SUS não paga R$ 15,00 por consulta. No brilhante "programa de saúde da família" / estragégia de saúde da família" (PSF, ESF), o governo paga o PAB (piso de atenção básica), cujo valor é de R$ 20,00 a R$ 25,00 (vinte a vinte e cinco reais) por habitante #por ano#. Entenderam bem? Trata-se de R$ 2,04 (dois reais e quatro centavos) por mês para custear atendimento médico E atendimento odontológico E exame radiológico E exame laboratorial. Qual é o "milagre" nisto? Simples, há 17 anos o valor pago para a glicemia de jejum é o mesmo, além de demorar até 2-3 meses para o laboratório ser ressarcido; nisto surgem as "discrepâncias" entre número de exames cobrados perante o SUS e número de exames #efetivamente / veridicamente# realizados (sim, dá-se um "jeitinho no jeitinho", não raro com a ajuda de um funcionário público - frequentemente um CC - que seria o responsável para "evitar jeitinho" mas que está levando um "jeitinho" também para si próprio ou para o partido). O outro milagre é fazer prefeituras (que e como elas não imprimem dinheiro ou plantam folhas de coca) pagarem a diferença que falta no SUS, respeitando o teto de vencimento do prefeito, algo que elas até tentam "contornar" do jeito que mencionei antes.

f) alguém falou que "se médicos vão até Miami e trazem tudo de lá, dizendo ser ótimo, que venham os médicos cubanos". Beleza mas lembrando ao "cidadão" que mencionou isto: até os cubanos (incluindo seus médicos) sonham ir para Miami, mesmo que atravessando #com balsa de pneu# 150 Km de oceano, no meio de tubarões e de tempestades, para não dizer da patrulha costeira cubana com seus fuzis AK-47. Quando chegam lá, os médicos cubanos trabalham como garçons ou faxineiros (e acham maravilhoso), pois até hoje #nenhum# médico cubano egresso da Faculdade de Medicina de Havana conseguiu validar seu diploma prestando os duríssimos testes do USMLE (united states medical licence examination), algo que nós, brasileiros (da PUC, da UFRGS, da UFSM, da UPF...) conseguimos fazer (durante certo tempo, a UFRGS era a universidade estrangeira com a maior taxa proporcional #no mundo# de êxito neste exame, o que chegou até a suscitar a suspeita de fraude - obviamente não comprovada). Sim, médicos cubanos aceitam vir para o Brasil para trabalhar em locais como os que falei acima, pois eles já não tem cinema (ou muito menos um carro!), não tomam cerveja (coisa de capitalista) e só podem ter relacionamento com estrangeiros (vide o que acontece com os cubanos na Bolívia e na Venezuela) com a "anuência" do governo Cubano, ou seja, eles também não tem direito à vida sexual. Em Cuba, ganham uma "ração" mensal de alimentos (já ouviram sobre a famosa "libreta"?) - que mal dá para o mês, com pouca ou nenhuma carne, até mesmo priorizando-se o leite para o grupo das crianças. Então, sem surpresa alguma: se você oferecer capim a uma pessoa que está comendo estrume, ela achará isto ótimo! O problema é você #também# "achar ótimo" colocar alguém em condição de emprego ou de vida #sub#humanos somente porque esta pessoa concorda - de boa vontate - em ser submetida a isto!

****** segue adiante *******

NAPALM disse...

Parte 2/4 - Continuação

c) Médico ainda que escrito com "M", não significa ser "Missionário" ou muito menos "Mártir". Se eu quisesse sacrificar o direito de ter um esboço de vida, faria como alguns colegas que vão para a África (lá não tem água potável, transporte público...) no grupo dos Medicins Sans Frontier, com a vantagem de não correr riscos de processo legal (lembrando: sem transporte público / serviço de telefonia / tratamento de água = sem sistema jurídico!). Se quisesse ser mártir (isto é, "arriscar o pescoço") então eu optaria por pregar o evangelho naqueles paraísos dos petistas (Cuba, Coréia do Norte, China...) sendo preso ou torturado ou chacinado em nome de Deus. No juramento de Hipócrates, não consta (e nunca constou) "defender a vida dos outros #sacrificando a sua própria#": por Jesus ou por um familiar, #talvez# eu o fizesse; pela ciência, não!

d) nenhuma pessoa decente (aqui eu falo além daqueles médicos) aceitaria trabalhar em uma cidade com salário astronômico mas vendo pessoas morrerem porque a prefeitura não disponibiliza um antibiótico #simples# cujo tratamento de 7 - 10 dias custaria entre R$ 60,00 e R$ 100,00. Há antibióticos (vancomicina, ceftazidima, cefepime, imipenem) cujo tempo de tratamento chega a custar um carro!. Contudo, eu já #vi# prefeitura sequer custear antibiótico "ralézinho" que existe no mercado há 40 anos... Nenhum médico quer ser Luís XVI ou Mobutu, vivendo em palácio no luxo enquanto as pessoas ao redor #morrem no lixo#: isto é coisa de ditadores, déspotas e políticos messiânicos como os petistas!

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NAPALM disse...

Parte 2/4 - Continuação

c) Médico ainda que escrito com "M", não significa ser "Missionário" ou muito menos "Mártir". Se eu quisesse sacrificar o direito de ter um esboço de vida, faria como alguns colegas que vão para a África (lá não tem água potável, transporte público...) no grupo dos Medicins Sans Frontier, com a vantagem de não correr riscos de processo legal (lembrando: sem transporte público / serviço de telefonia / tratamento de água = sem sistema jurídico!). Se quisesse ser mártir (isto é, "arriscar o pescoço") então eu optaria por pregar o evangelho naqueles paraísos dos petistas (Cuba, Coréia do Norte, China...) sendo preso ou torturado ou chacinado em nome de Deus. No juramento de Hipócrates, não consta (e nunca constou) "defender a vida dos outros #sacrificando a sua própria#": por Jesus ou por um familiar, #talvez# eu o fizesse; pela ciência, não!

d) nenhuma pessoa decente (aqui eu falo além daqueles médicos) aceitaria trabalhar em uma cidade com salário astronômico mas vendo pessoas morrerem porque a prefeitura não disponibiliza um antibiótico #simples# cujo tratamento de 7 - 10 dias custaria entre R$ 60,00 e R$ 100,00. Há antibióticos (vancomicina, ceftazidima, cefepime, imipenem) cujo tempo de tratamento chega a custar um carro!. Contudo, eu já #vi# prefeitura sequer custear antibiótico "ralézinho" que existe no mercado há 40 anos... Nenhum médico quer ser Luís XVI ou Mobutu, vivendo em palácio no luxo enquanto as pessoas ao redor #morrem no lixo#: isto é coisa de ditadores, déspotas e políticos messiânicos como os petistas!

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NAPALM disse...

Parte 1/4

Srs,

A bem da verdade, muitas das manifestações (acredito que escritas por médicos) foram mal interpretadas em virtude do exíguo espaço, que torna trabalhoso detalhar a realidade das notícias. Com a devida licença do editor do blog - pela crueza das palavras e pelo tom irônico que adotei -, estou publicando fatos pertinentes a esta questão, de minha opinião e baseando-me na minha própria experiência profissiona. Eis o que deveriam saber:

a) é mentira que prefeituras (no RS!) paguem R$ 20.000,00 por mês a um médico. Existe lei de responsabilidade fiscal, que implanta teto de salário para os municípios, sendo este o valor dos vencimentos do prefeito. Assim, se alguém disser ou ver anúncio de salário de R$ 20.000,00 - vou ousar, reduzindo o valor muito menos, digamos uns R$ 12.000,00 por mês - então que mostre a folha salarial nominal da cidade ou o contra-cheque do prefeito. Se prefeito receber menos do que isto, é mentira tal proposta! Aliás, vou dizer como prefeitos fazem essas propostas: eles "contratam" empresas (pessoas jurídicas) ao preço de R$ 20.000,00 , R$ 30.000,00 mensalmente para estas empresas SUBcontratarem médicos As empresas, por sua vez, oferecem aos médicos salários de R$ 7 a 10 mil por mês, sem CLT, sem férias, sem 13o salário e, ainda por cima, atrasando o pagamento do médico e, não menos frequente, sequer retendo o IR, deixando que o médico pague por conta própria a receita federal... Esta "diferença" de captação do recurso e despesa obviamente os senhores sabem para quem fica!

b) podem pagar um "caminhão de dinheiro" mas ninguém aqui quer vender a "alma". Explico melhor: você sabe o que é estar evacuando em vaso sanitário e ter de levantar as calças para sair correndo? sabe o que é deixar de dormir ou de comer para resolver imprevistos a #toda hora#? sabe o que é interromper tua relação sexual, no meio da noite (horário da tua folga), deixando tua esposa / noiva "na mão" para atender "chamado" (por "chamado", esqueça infarto, derrame: não raro, é apenas de uma dor de garganta ou dor de ouvido que poderia ser vista poucas horas depois, já na manhã seguinte)? sabe o que é não poder ir ao cinema (o último filme projetado na minha cidade de 10.000 habitantes foi Ben-Hur, há 50 anos atrás!) ou sequer assistir TV relaxadamente, tendo que ficar "preso" na cidade para sobreaviso (isto é, largar tudo a qualquer momento para atender aos "chamados" que citei acima)? sabe o que é ter de fazer tudo isto e viver com a sensação de uma arma na cabeça, pois se cometer algum erro ou for displicente (atender por telefone uma dor de cabeça e medicar com analgésico, quando esta era um caso de meningite...) ser julgado, processado, perder patrimônio, registro profissional e até ser preso? Que mané aqui aceitaria todo o dinheiro do mundo para ser um tetraplégico, sem poder gastar o dinheiro tomando uma bebida (sim, temos direito a tomar um "trago" na nossa folga, isto é, caso seu "emprego" não exija sobreaviso para atender "chamados"), viajar a outra cidade para ir ao cinema, comprar ao menos um chocolate bom (vocês acham que mercadinho do interior vende Cacau Brasil, Copenhague ou Lindt) ou ao menos uma cerveja boa (tipo uma lata de Guiness, vendida em Passo Fundo distante #meros# 70 Km daqui!) ou ao menos namorar um pouco ("esporte solitário" não é namoro, vocês sabem...).

****** segue adiante *******

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