O cenário econômico internacional mudou
significativamente. Há duas semanas, o presidente do Fed, Ben Bernanke, fez
saber que o programa de expansão monetária conhecido como QE3 (compras mensais
de US$ 85 bi de títulos de longo prazo com o juro básico mantido em zero)
deverá ser paulatinamente descontinuado até 2015, caso a economia dos EUA
continue a se recuperar como previsto, com o desemprego continuando a cair.
Embora a intenção de Bernanke fosse botar água na fervura, os efeitos do
anúncio sobre os mercados financeiros internacionais foram enormes, com grande
deslocamento de fundos de títulos de longo para curto prazo e de mercados emergentes
para as economias centrais. Moedas e bolsas de mercados emergentes sofreram
forte queda. Outro fator a aumentar as incertezas é a provável substituição de
Bernanke em futuro próximo, mencionada pelo presidente Obama.Para o Brasil, tão ou mais importante do que o futuro da
economia dos EUA, é como se comportará a economia chinesa. Os preços das
commodities, que constituem nossos principais produtos de exportação, seguem de
perto o crescimento chinês. Na semana passada, o BC chinês, ao se defrontar com
queda generalizada dos mercados e ameaça de quebras bancárias, acabou
revertendo medidas restritivas de política monetária que havia tomado para
arrefecer a expansão do crédito doméstico fora das instituições financeiras ("shadow
banking system"). Aumentaram muito as dúvidas sobre a velocidade com que o
dínamo chinês continuará a crescer. Tais condicionantes do cenário externo
continuarão a influenciar decisivamente a trajetória dos fluxos de capitais e
dos preços dos ativos financeiros domésticos: bolsa, dólar e juros.
. Simultaneamente à piora do cenário externo, sobreveio, de
forma totalmente inesperada, a onda de manifestações populares no Brasil.
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