Conheça a relação das empresas que usaram a "consultoria" de Palocci. A gaúcha Aurora é uma delas.

A lista a seguir circula livremente no Congresso. Ela inclui todas as empresas para as quais o ministro antonio Palocci prestou "consultoria" no ano passado, quando sua empresa, Projeto, faturou R$ 20 milhões, depois de ter sido criada apenas quatro anos antes e faturado apenas R$ 100 mil. Tamanho prestígio indica que o verdadeiro fiador e articulador econômico-financeiro da eleição de Dilma Rousseff foi Palocci – e não o ex-presidente Lula. A lista incluí pelo menos uma empresa gaúcha, a Aurora, que no passado esteve envolvida num enorme escândalo financeiro interno e há bastante tempo tenta melhorar seu balanço. Acompanhe a lista:

. Itaú-Unibanco, Bradesco, EBX, petrobrás, Vale,  Pão de Açúcar, Íbis, LG, Samsung, Claro-Embratel, TIM, Oi, Sadia Holding, Embraer Holding, Dafra, Hyundai Naval, Halliburton, Volkswagen, Gol, Toyota, Azul, Vinícola Aurora, Siemens, Royal (transatlânticos).

. A revista Veja deste domingo, acrescenta outros nomes bem conhecidos: 1) WTorre, que também opera em Rio Grande, RS, mas mantém contratos bilionários com a Petrobrás,  muito antes de receber dinheiro dos fundos de pensão federais para se capitalizar, usou os serviços da consultoria de Palocci, segundo ele mesmo admitiu e a empresa informou ofricialmente na sexta-feira. 2) O ministro fez paqlestras para a Amil, operadora de saúde com atuação fiscalizada pela agência federal ANS (os diretores da ANS dependem de aval da Casa Civil)  e também para empresas do setor do açúcar e do álcool, cobrando R$ 27 mil por cada uma delas..

Leia esta reportagem da revista gaúcha Amanhã sobre os negócios da WTorre em Rio Grande:

Um imenso buraco, com 14 metros de profundidade, 530 metros de largura e 350 metros de comprimento, é o epicentro do desenvolvimento da indústria naval em Rio Grande. Construído pela WTorre, o Dique Seco é o símbolo do polo naval gaúcho que compete com outros já formados ou em formação localizados em municípios como Suape (PE), São Roque do Paraguaçu (BA) e Itajaí (SC), além de cidades do litoral carioca com forte tradição em estaleiros. O ERG1 está sendo construído pela WTorre, mas, por dez anos, ficará arrendado para a Petrobras. A estatal pagou cerca de R$ 850 milhões antecipados à construtora, que investiu o valor nas obras. As fornecedoras já estão no local: a Engevix construirá oito cascos de navio na área do ERG1 e, pela encomenda, a Petrobras pagará US$ 4 bilhões à empresa. A expectativa é de que, no futuro, as plataformas possam ser montadas sobre cascos de navios em Rio Grande mesmo. A própria WTorre busca se estruturar para entrar nesse mercado e disputar as encomendas da Petrobras ou fornecer para as empresas que vencerem as concorrências. Por isso, está construindo o ERG2 em uma área com 250 mil metros quadrados que fica ao lado do ERG1.