Entrevista - A OIT denuncia a Venezuela por ataques a propriedade privada

Dagoberto Godoy, representante empesarial brasileiro à reunião desta semana da OIT em Santiago.

O senhor foi como representante de todas as confederações empresariais brasileiras e depois presidente do Grupo de Empregadores na XVII Reunião Americana da OIT, Santiago. Dá para sintetizar o que foi discutido ali ?
Foram quatro dias de debates acirrados. A crise econômica e financeira mundial foi o pano de fundo das discussões. Constatamos que na América Latina a crise produziu menor impacto.

Algo sobre o recrudescimento do autoritarismo na América Latina ?
Foi bom você perguntar. Por insistência do Grupo de Empregadores, questionamos a necessidade de consolidar a democracia nesta parte da América.

Onde ela corre mais risco ?
Pusemos pressão na situação da Venezuela. Ali ocorre uma guerra contra o setor privado. Meu colega da Venezuela, da Fedecámaras, Noel Álvarez, conclamou as Forças Armadas para não cumprirem ordens inconstitucionais. O governo chavista reagiu na hora e abriu procedimentos de investigação contra Noel.

Em que área da economia a América Latina mais poderá progredir ?
Insistimos e a reunião reconheceu que se deve avançar na busca da "criação de novas oportunidades de trabalho decente e produtivo mediante a promoção e o desenvolvimento de empresas sustentáveis", o que exige um entorno institucional e de infraestrutura que falta na maioria dos países da Ameérica Latina e do Caribe

CLIQUE AQUI  para saber mais. Trata-se de uma entrevista de Godoy, concedida em Santiago.

E-mail: godoy@terra.com.br

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