É uma provocação o pedido de aumento de 11,12% nas tarifas de ônibus, protocolada nesta
quinta-feira pelas empresas do setor em Porto Alegre. Se aprovado, o cálculo
das prestadoras do serviço pode elevar o valor unitário de R$ 4,30 para R$
4,78.
O índice é quase três vezes maior do que os números da inflação acumulada de um ano.
10 comentários:
Vamos começar olhar os aumentos pelo percentual, não pelos centavos.
Fora isso quem pagar em dinheiro perde dois centavos, arredondam sempre pra cima.
O Uber agradece!
É por isso que sempre há a necessidade de concorrência no mercado. No setor de transporte público não está excluído. Uma cidade com uma infraestrutura de transporte público diversificada e com concorrência, a população tem maior possibilidade de benefícios. Quando uma cidade tem metrô, ônibus, ciclovias, vans, táxis, frotas de aplicativos e um mercado com comércio de carros com preços mais justos, a população vai ter mais possibilidades de ter acesso a algum transporte seja privado ou público.
O problema é que no Brasil a maioria das cidades o povo só tem 2 ou 3 opções. Ônibus, vans e carros privados. Por mais que esses projetos de corredores de ônibus privados funcione, há necessidade de ampliar a frota de metrô e VLT.
Não dá mais para conviver com o monopólio das frotas de ônibus e carros eternamente.
Ao Amigo das 10.01
Você está fora deste mundo, mas gosta de dar pitacos, inúteis é claro, que ajudam bastante para a desinformação.
1) O inciso V do artigo 30 da atual Constituição da República Federativa do Brasil assim o prevê:
" Art. 30. Compete aos Municípios:
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial"
Nas palavras do eminente professor Helly Lopes Meireles, "Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado" (DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO, Ed. Malheiros, 2002, p. 320).
2)A Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências.
3) A Lei complementar 318 do Município de Porto Alegre criou o Conselho Municipal de Transportes Urbanos - COMTU. O art. 7º desta lei define:
"
Art. 7º Fica assegurado ao Conselho Municipal dos Transportes Urbanos (COMTU) o direito de fiscalizar as empresas prestadoras dos serviços de transporte coletivo, com amplos poderes de verificação de sua administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros, principalmente para conhecer a rentabilidade dos serviços, avaliar sobre a justeza das tarifas e indicar punições às infrações regulamentares e contratuais".
4) Se houvesse uma liberalidade total para prestação do transporte público (ônibus), não prevista pela legislação, ou teríamos monopólio (um só detentor dos serviços) que cobraria o valor que quisesse e se tivéssemos uns poucos prestadores de serviços como acontece hoje (teríamos um oligopólio (pequeno número de prestadores de serviço que combinam entre si o preço a ser cobrado), e por fim se qualquer um pudesse colocar um ônibus e sair transportando, seria uma esculhambação.
Finalizando:
a) Neste assunto a P M Porto Alegre e CMOTU são uma caixa preta,
b) Não há uma audiência pública,
c) Quem tem a qualificação técnica de fazer análise das tais "planilhas de custo"?.
Como a devida vênia do editor segue um link do Jornal do Comercio, com a manchete "COMTU nunca rejeitou aumento de tarifa de transporte público em Porto Alegre.
https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/03/geral/614882-comtu-nunca-rejeitou-aumento-de-tarifa-de-transporte-publico-em-porto-alegre.html
Tem que aumentar 50%%. Talkey!!!!
Por mim, que cobrem o que quiserem, mas depois não se queixem com o declínio no número de passageiros - a lenta e inexorável agonia do transporte público. E se tá ruim, que devolvam as concessões para a prefeitura e vão plantar batatas.
Prefiro andar de carro, melhor custo x benefício, me deixa na porta de onde quero ir e sem a necessidade de esperar em um ponto de ônibus
Depois não adianta culparem os aplicativos pela perda de passageiros. Duas pessoas que precisam levar dois ônibus nunca mais optarão pelo ônibus. De Uber/pop/cabify é mais barato, rápido e confortável. A ganância desses empresários do transporte público acabou com o sistema.
O assunto é recorrente. Porém meu candidato eleito, em campanha política, falou que em rever licitação, GPS, ar condicional, renovação da frota,etc... E a frase que eu não esqueço e nunca vou esquecer: -Eu sei como resolver. Os donos das empresas de ônibus estão fazendo o que sempre fizeram. Reajustar a passagem para lucrar.
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