O governo teve uma
vitória parcial na Comissão Mista de Orçamento (CMO), que aprovou nesta
quarta-feira emenda reduzindo a meta de superavit primário de 0,7% para 0,5% do
PIB de 2016, mas rejeitou a outra proposta do Palácio do Planalto de prever
abatimentos que poderiam zerar a meta fiscal no ano que vem.
A decisão da comissão agrada o ministro da Fazenda Joaquim
Levy, contrário à redução da meta fiscal, principalmente à possibilidade de o
governo fazer abatimentos que, na prática, poderiam zerar o superavit primário
-- a economia do governo para pagamento de juros da dívida pública.
O governo queria prever um abatimento de R$ 30,58 bilhões de
investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e gastos com
epidemias ou desastres naturais. Como a meta reduzida para 0,5% do PIB equivale
a R$ 30,58 bilhões, o Palácio do Planalto queria ter a margem de promover estes
descontos, zerando a meta, caso houvesse frustração de receita ao longo do ano
que vem.
Agora, a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
prevendo a meta reduzida, será votada em sessão do Congresso Nacional, que deve
ocorrer nesta quarta.
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