Costa diz que tratou de propinas com Gradin, ex-presidente da Braskem

Nesta reportagem assinada por David Friedlander, o site UOL informa esta noite que o  ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, introduziu um novo personagem na sua narrativa sobre um esquema de propina na Braskem, empresa da área petroquímica controlada pela Odebrecht.

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Costa afirma ter tratado do "pagamento de vantagens ilícitas" em 2009 com o empresário Bernardo Gradin, acionista do grupo Odebrecht, na época presidente da Braskem. O empresário e os Odebrecht hoje são inimigos; as duas famílias travam uma bilionária disputa societária na Justiça.
Naquela época, no entanto, Gradin tentava obter da Petrobras um preço mais favorável na compra de nafta, principal matéria-prima da linha de produção da Braskem.
A empresa acabou conseguindo um contrato mais vantajoso do que tinha antes com a Petrobras, e Costa diz que recebeu propina para ajudar nisso.
O ex-diretor da estatal afirma que o esquema foi acertado quando Gradin ainda não trabalhava na empresa, com o executivo Alexandrino Alencar, do grupo Odebrecht, preso na Lava Jato. Mas diz que o empresário sabia e que chegou a tratar "pessoalmente do assunto" em reuniões que tiveram.
Gradin nega.
Num outro depoimento, o doleiro Alberto Youssef disse que reuniões para tratar de assuntos do interesse da Braskem eram feitas em hotéis de São Paulo.
Participavam Costa, Alexandrino Alencar, o operador do PP João Cláudio Genu e o ex-deputado José Janene (PP-PR), chefe do esquema de corrupção na diretoria de Abastecimento da Petrobras. Segundo o doleiro, Gradin teria participado de um desses encontros, o que ele também nega.
DESPACHANTE
Pelo que Costa relata em seus depoimentos, ele atuava como uma espécie de despachante da Braskem dentro da Petrobras. Ele afirma que recebia cerca de R$ 5 milhões por ano da empresa, de 2006 até ser preso pela PF em 2014, quando já estava fora da estatal.
Em troca, Costa "acelerava processos de compra e agilizava a negociação de contratos". A maior parte da propina era depositada no exterior e dividida com Youssef e com Janene e seu partido, o PP.
Funcionários da Petrobras que eram subordinados a Paulo Roberto Costa na época da renegociação do preço da nafta com a Braskem disseram em depoimento que o ex-diretor agiu para que a empresa pagasse valores menores do que os sugeridos pela área técnica da estatal.
OUTRO LADO
Bernardo Gradin afirma que nunca tratou de propina "com qualquer pessoa na vida", nem teve conhecimento de quaisquer pagamentos ilícitos pela Braskem.
"Quem me conhece nunca chegaria para mim com esse tipo de conversa. Nunca conheci Alberto Youssef."
O empresário diz que seu relacionamento com Paulo Roberto Costa era institucional e que acha "extremamente estranho que, depois de mais de cem depoimentos", o delator mencione seu nome. "Pergunto-me a quem interessa me envolver a essa altura."
Diz ainda que seu envolvimento nessa história não se sustenta, "já que alegadamente ela teria começado anos antes de minha gestão e continuado por anos depois". Além disso, afirma, o contrato é tecnicamente equilibrado e foi discutido exaustivamente até o consenso e assinatura pelas equipes comerciais dos dois lados envolvidos.
Por meio de nota, a Braskem afirma que "sempre conduziu suas negociações com fornecedores de forma transparente seguindo internamente as melhores práticas de governança e reitera que os preços de nafta praticados pela Petrobras nunca a favoreceram".
A empresa lembra que Paulo Roberto Costa fez parte do Conselho de Administração da Braskem e que os executivos da empresa "tiveram naturalmente contato com Paulo Roberto Costa no âmbito dos temas discutidos no Conselho de Administração e na relação entre as empresas"


8 comentários:

Anônimo disse...

Neste vídeo o empresário AURO GORENTZVAIG da Petroquímica Triunfo denuncia como a sua empresa foi engolida pela Odebrecht e a Braskem por meio de trapaças junto ao PT onde o lobista principal era o próprio vagabundo do Lula enquanto presidente do país. Créditos para a jornalista Marta Serrat:
https://www.youtube.com/watch?v=cYo1SURuZaQ

Anônimo disse...

Tem um encarte "especial" na ZH hoje sobre o PGQP e suas maravilhas patrocínio Gerdau, Braskem e outros...

este é o Rio Grande do Sul kkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Esta na hora da Braskem comprar opa digo ganhar uns prêmios da ADVB

Transparência disse...

Políbio, obrigado pela dica.
A casa caiu. O PT será extinto.

Anônimo disse...

É ninguém mais sabia quem era petista e quem era elite.... de meu futuro livro "A Revolução dos Sindicalistas "!

Anônimo disse...

e a anta quer governadores próxima semana para "pacto de governabilidade".

só vai quem também tem medo das investigações. governos sadios não precisam de pacto, exergem a governança por sí só.

isso é uma nação não um clube "discreto" que precisa de "pacto".

provam mais uma vez que não tem capacidade intelectual e moral para os cargos.

Anônimo disse...

Cada enxadada,uma minhoca.

Transparência disse...

Querem entender o PT leiam o livro A Revolução dos Bichos" de George Orwell.
É um livro com o poucas paginas e de um conteúdo incrível, publicado em 1945, mas que cabe aos momentos de hoje. Está disponível na Internet.
Os porcos do livro são os petistas de hoje.

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