No Rio Grande do Sul, a Estaleiros do Brasil (EBR),
de São José do Norte, que está construindo módulos para a plataforma P-74 da
Petrobras, poderá passar ao controle total da japonesa da Toyo-Setal. A empresa teve dois diretores
incluídos na Lava-Jato, os quais fizeram acordo de delação premiada. Fonte
próxima da EBR disse que os contratos que a empresa têm com a Petrobras, de
construção de módulos, seguem "normalmente". Mas a pergunta que o
mercado faz é qual será o futuro da EBR: se a empresa poderá sofrer os impactos
dos atos dos controladores da Toyo-Setal. Também há dúvidas sobre eventuais
desdobramentos da Lava-Jato para a Engevix Construções Oceânicas (Ecovix), do
mesmo grupo da construtora Engevix, cujo vice-presidente, Gerson Almada, está
entre os presos da Lava-Jato. A Engevix é uma das sócias da EBR e já quebrou o Pólo Naval de Charqueadas.
Um dos delatores ligados à Toyo-Setal é o empresário
Augusto Mendonça, que também integra o conselho de administração da EBR.
Mendonça foi eleito há pouco para a posição de vice-presidente do Sindicato Nacional da
Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) para o período
2014-2018. "O Sinaval não pode cercear o direito de candidatura, em suas
eleições, de representantes de empresas legítimas do segmento industrial naval
e offshore, os quais, pelas leis brasileiras, devem ser considerados idôneos
até prova em contrário", disse nota do Sinaval divulgada após a eleição.
Um comentário:
A ENGEVIX não é sócia da EBR...
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