A Sete Brasil, empresa formada pela Petrobras e sócios
privados para administrar o aluguel de sondas para o pré-sal, acaba de sofrer
mais um abalo que a colocou no rumo da dissolução. O Estaleiro Atlântico Sul,
de Pernambuco, que também opera em Rio Grande, rescindiu ontem unilateralmente seu contrato com a companhia. A
Sete deve 125 milhões de dólares ao estaleiro, que deveria fornecer as
primeiras sete sondas para a exploração do pré-sal. Na prática, a iniciativa do
Atlântico Sul, que tem como sócios as empreiteiras Queiroz Galvão e Camargo
Correia, inviabiliza a Sete, que precisa do contrato e das sondas para garantir
a sobrevivência. A empresa, em que a Petrobras tem uma participação
minoritária, mas indica o presidente, tem ainda como sócios bancos como BTG,
Santander e Bradesco, além de fundos de pensão e investidores estrangeiros.
Outros grandes bancos, como o Itaú, são credores. No total, a dívida já é de 4
bilhões de dólares, mas o dinheiro para financiar a construção dos estaleiros e
das sondas acabou em novembro. Desde então, a Sete não paga nem os bancos, nem
os fornecedores.
Ninguém ainda sabe se os problemas do estaleiro afetarão seus negócios em Rio Grande.
A Sete foi criada com base na crença de que a política do
conteúdo nacional, que exige que pelo menos 60% dos equipamentos para a
indústria de petróleo sejam fabricados no Brasil, impulsionaria o setor naval
brasileiro. Sua derrocada em pleno escândalo do petrolão é um sinal de fracasso
dessa política, que elevou os custos dos equipamentos e não produziu um parque
industrial naval forte. Dos estaleiros contratados pela Sete, cinco tem como
sócias empreiteiras acusadas na Operação Lava Jato, e um sexto, o da Keppel,
também está sendo investigado. Em sua delação premiada, o ex-diretor
operacional da Sete, Pedro Barusco, declarou que ele e o ex-presidente da
companhia, João Carlos Ferraz, cobravam propina de 1% do valor das sondas –
cerca de 800 milhões de dólares cada – pelos contratos.
A esta altura, a única chance de a Sete escapar da
falência é fechar o empréstimo de 3,1 bilhões do BNDES que vem sendo negociado
desde o ano passado. O empréstimo, porém, é praticamente inviável.
4 comentários:
O BG é do PeTralhista, outros como o Bradesco,irão aumentar suas taxas para seus correntistas, espere e verás.
O polo naval de Rio Grande, eu em conversa com meus vizinhos na época da implantação do polo, já dizíamos que não iria long, isso que não se falava em PETROLÃO, pq as plataformas eram de custo o dobro, o triplo das importadas do oriente e que somente a Ptbrás era a compradora. No momento que a PTbrás não comprasse mais plataforma, o estaleiro acabaria fechando.
- Um número grande empresários invadiram Rio Grande, com novas lojas e, pasmem, com a inauguração de 2(dois) shopping centers, numa cidade que normalmente não comportaria ao um se quer.
- Hoje o desemprego tomou conta da cidade, a demissão de funcionários é enorme. Chegaram trabalhar nos estaleiros em torno de 24 mil trabalhadores e agora tem mais ou menos uns 6 mil.
- Isso foi pura demagogia e populismo do lulla com a intenção de eleger a COISAS em 2010, o que conseguiu. Além dos roubos na PTbrás levaram à falência as contas dessa estatal.
Aqui no Cabo de Santo Agostinho, em meu estado do Pernambuco, as demissoes tambem vao a todo vapor. A violencia cresce. E o desemprego nao e' so' por causa do Petrolao mas por conta da economia destroçada do Brasil.Que Lula se candidate. Vai ter uma grande decepçao, isso se nao estiver compondo o numero de petistas presos ou que passaram pela prisao.
Fizeram errado o polo naval: era pra ter começado com um terço do tamanho e ao pouco ampliar.
Não havia, como não há, mão de obra qualificada e o resultado já foi descrito acima: preço que é o dobro/triplo, pra um produto de qualidade duvidosa.
A roubalheira e a megalomania nos fará atrasarmos 50 anos em 05.
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