Sindicato dos Engenheiros quer retirada do projeto que tunga R$ 1,3 bi da CEEE

Nesta manhã de quarta-feira os deputados estaduais gaúchos receberão a visita de dirigentes do Sindicato dos Engenheiros, Senge, e da AECEEE, Associação dos Engenheiros da CEEE, que desfilarão argumentos contra a aprovação do projeto 350/2013, que transfere R$ 1,3 bilhão do caixa da estatal para o caixa único do Estado. A AECEE representa 500 engenheiros da companhia, 220 dos quais estão em atividade. Em resumo, a aprovação do PL 350, na forma proposta, ao retirar cerca de R$ 1,3 bilhões do caixa das empresas do Grupo CEEE, abre caminho para a não execução de inúmeras obras de infraestrutura da CEEE-D e CEEE-GT, além de expor à CEEE-D ao risco de intervenção pela ANEEL - o que talvez seja o desejo do governo atual do PT.

. Os engenheiros alegam que a transferência do pagamento dos funcionários ex-autárquicos é interessante às empresas do Grupo CEEE, visto que este encargo deveria ter sempre ficado a cargo do Estado e não da CEEE,  porém, da forma que está posto, em que os recursos necessários a seu pagamento também são integralmente repassados, não ajuda em nada ao reequílibrio das empresas CEEE-D e CEEE-GT:

1)  Porque eventuais demandas judiciais serão de responsabilidade da CEEE, assim como eventuais reajustes de salário superiores ao INPC também terão de ser ressarcidos pela CEEE; 
2) Por que vão descapitalizar as empresas em um momento extremamente crítico.

. Este último ponto é muito importante porque a CEEE-D está bastante fragilizada e a retirada dos recursos da última parcela da CRC implicará em atraso aos fornecedores, o que resultará em atrasos de diversas obras imprescindíveis à Sociedade Gaúcha, algumas sob à égide de obras da COPA 2014- FIFA.
Quanto à CEEE-GT, segmento Geração e Transmissão, a retirada dos recursos previstas no PL 350 tende a inviabilizar, ou no mínimo postergar, outros tantos empreendimentos necessários à sobrevivência da empresa. Neste caso específico, os prejuízos à sociedade tendem a ser minimizados, porque se a empresa gaúcha não fizer, outros empreendedores poderão realizar os investimentos, conforme o modelo do setor elétrico vigente.

. Alega o Senge que um projeto desta relevância não pode ser aprovado em regime de urgência, tendo que ser construída uma solução razoável para todos os segmentos: Sociedade, Empresas do Grupo CEEE e funcionários ex-autárquicos.

CLIQUE AQUI para ler a carta do Sindicato dos Engenheiros.

CLIQUE AQUI para ler a carta da Associação dos Engenheiros da CEEE.

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