Veja bota a faca no pescoço de Celso de Mello

Veja deste final de semana abre com foto do ministro Celso de Mello na capa. O decano (o mais velho ministro) do STF, onde ocupa uma cadeira há 24 anos, nomeado por Sarney, o ministrofoi autor de alguns dos votos mais contundentes na condenação dos mensaleiros. Veja, como muitos outras publicações e jornalistas, tenta seduzir o ministro para que ele vote contra os mensaleiros, embora ele já tenha declarado seu voto em favor dos réus. A revista, além de seduzir, também ameaça com crucificar: ela bota a faca no pescoço do ministro. Os jornais O Globo, Estadão e Folha de hoje também fazem apelos fortes para que Celso de Mello não fique do lado da sombra.

. Veja não fala sobre opiniões que não o endeusam, até pelo contrário, como as que produziu o jurista Saulo Ramos no seu livro memorialista "Código da Vida" (leia a seguir), preferindo coçar o ego do ministro, na tentativa de fazê-lo refletir e sair do lado da força. 

. Avisa Veja:

- Nesta semana, ele vai desempatar, no plenário da corte, o debate sobre a existência ou não de um tipo de recurso, o embargo infringente. A questão é técnica, mas o impacto da decisão será profundo, pois pode abrir a porta para que os chefes do esquema escapem da devida punição.

7 comentários:

Anônimo disse...

Sim, o ministro vai ter de decidir se fica com a técnica, livrando os que tentaram acabar com a democracia ou ficará ao lado do povo e da justiça. O futuro do judiciário está em jogo.

Nádia disse...

Acho isso (da Veja) uma estupidez.. Ou bem cremos e queremos
que as leis sejam seguidas,
ou em nada seremos diferentes daqueles a quem pretendemos punir.

Nesse caso, em particular, espero que o ministro enxergue
a falta de validade dos infringentes,
mas daí a pedir que vote desta ou daquela maneira.. lambendo-lhe o ego,
não seria menos corrupção do que oferecer-lhe dinheiro pelo voto.

..

Anônimo disse...

Não é só escapar da punição, a repercussão será maior, para outros Tribunais.

Unknown disse...

Não é uma questão de tecnica ou de cumprimento de lei,é uma questão de moral,pq se ele votar a favor dos réus, a jurisprudencia,vai acabar com o pouco de lei que ainda funciona neste país!

Anônimo disse...

Válido a reportagem, mas... quem lê a Veja ainda?

alemao disse...

Andou bem o legislador da Constituição quando inseriu o direito à liberdade de expressão e a responsabilidade por suas manifestações em incisos próximos. Liberdade de expressão e respeito ao outro são, em Sartre e na Constituição, gêmeos siameses.

Sigamos.

O ministro fala em direito à crítica. Do que se retira da fundamentação do Celso, a crítica pra ele é um caminhão carregado de brita, desgovernado descendo uma ladeira e o outro que será atingindo, um fusquinha subindo esta ladeira bem devagar. Desculpe-me, ministro, mas eu sou uma pessoa muito apegada a conceitos.

A palavra Crítica vem do grego “Crinein” que significa “separar; julgar”. Criticar é concordar ou discordar de algo, apresentando argumentos pertinentes à questão. Criticar, ministro, não é a licença que um jornalista – ou qualquer outra pessoa – tem para ofender quem quer que seja. Um jornalista, uma pessoa qualquer, que chame outro de mentiroso, de ladrão, sem apresentar provas concretas não está sendo crítico, no mínimo um irresponsável e, no máximo, uma pessoa que se enquadra em dois crimes previstos no Código Penal: o da difamação (art. 139) por chamar o outro de mentiroso e o de calúnia (art. 138), por chamar o outro de ladrão.

alemao disse...

Isso se chama poder de falácia,,,que sabemos que os ministros do STF Andou bem o legislador da Constituição quando inseriu o direito à liberdade de expressão e a responsabilidade por suas manifestações em incisos próximos. Liberdade de expressão e respeito ao outro são, em Sartre e na Constituição, gêmeos siameses.

Sigamos.

O ministro fala em direito à crítica. Do que se retira da fundamentação do Celso, a crítica pra ele é um caminhão carregado de brita, desgovernado descendo uma ladeira e o outro que será atingindo, um fusquinha subindo esta ladeira bem devagar. Desculpe-me, ministro, mas eu sou uma pessoa muito apegada a conceitos.

A palavra Crítica vem do grego “Crinein” que significa “separar; julgar”. Criticar é concordar ou discordar de algo, apresentando argumentos pertinentes à questão. Criticar, ministro, não é a licença que um jornalista – ou qualquer outra pessoa – tem para ofender quem quer que seja. Um jornalista, uma pessoa qualquer, que chame outro de mentiroso, de ladrão, sem apresentar provas concretas não está sendo crítico, no mínimo um irresponsável e, no máximo, uma pessoa que se enquadra em dois crimes previstos no Código Penal: o da difamação (art. 139) por chamar o outro de mentiroso e o de calúnia (art. 138), por chamar o outro de ladrão. com sobras...são doutores formados em Frankfurt Alemanha?

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