Artigo, Arnaldo Jabor - Amanhã, o Brasil muda

No artigo que assinou nesta terça-feira no jornal O Globo, Arnaldo Jabor escreve que depois de tanto tempo para se (des)organizar uma república democrática, o ministro Celso de Mello tem nas mãos o poder de decretar nosso futuro. Leia tudo:

Comecei a escrever este artigo e parei. Minhas mãos tremiam de medo diante da gravidade do assunto. Parei. Tomei um calmante e recomecei. Não posso me exacerbar em invectivas, em queixumes ou denúncias vazias. Tenho de manter a cabeça fria (se possível) para analisar os efeitos do resultado do julgamento do mensalão, que virá amanhã. “Tomorrow, and tomorrow, and tomorrow” (...) “o amanhã se infiltra dia a dia até o final dos tempos”, escreveu Shakespeare em “Macbeth” (ato 5 cena 5); pois o nosso amanhã pode nos jogar de volta ao passado, provando a nós cidadãos que “a vida é um conto narrado por um idiota, cheio de som e fúria, significando nada”. Ou que “a nossa vida será uma piada”, na tradução livre de Delubio Soares.

. No Brasil nunca há “hoje”; só ontem e amanhã

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7 comentários:

Pau que nas torto não tem jeito e morre torto disse...

Discordo!
No Brasil existe sempre o HOJE, e não apenas o ONTEM e o AMANHÃ.

Vejam só: Para que fazer HOJE o que não fizeram ONTEM, que pode ser deixado para amanhã e assim, sucessivamente, nunca será feito?

Matando a cobra e mostrando pau: Os nossos políticos, autoridades e "intelequituais" mamadores das verbas oficiais não pensam e não agem assim?

Surfista Prateado disse...

Amanhã o Brasil não muda, continuará o mesmo de sempre, da impunidade geral e irrestrita.

Anônimo disse...

Decano critica distorção da mídia sobre embargos:

"Da maneira que está sendo veiculado dá a impressão que o acolhimento vai representar absolvição ou redução de pena automaticamente, e não é absolutamente nada disso", disse o ministro Celso de Mello, ao ser abordado por um jornalista numa livraria de Brasília; ele afirmou ainda que a pressão exercida pelos meios de comunicação, como na capa de Veja do último fim de semana, é "absolutamente irrelevante"; ao que tudo indica, ele acolherá os recursos, previstos no regimento do STF, e será duro na fase seguinte do julgamento

Abordado pelo jornalista Severino Motta, da Folha de S. Paulo, numa livraria de um shopping de Brasília, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, fez um desabafo sobre a atuação dos meios de comunicação e as distorções do noticiário sobre a Ação Penal 470. "Da maneira que está sendo veiculado dá a impressão que o acolhimento vai representar absolvição ou redução de pena automaticamente, e não é absolutamente nada disso", afirmou (leia aqui a íntegra). Em vários jornais, revistas e especialmente na Globo, os embargos estão sendo tratados como um "novo julgamento", quando são apenas parte integrante da própria Ação Penal 470. Com a declaração dada ontem à Folha, Celso de Mello sinaliza mais uma vez que deve aceitar os recursos, deixando claro que isso não muda sua análise sobre o mérito da questão. "Todo recurso demanda a formulação de dois juízos. Um preliminar, se é cabível ou não. Se for cabível, aí depois você vai julgar o mérito e dizer se o recurso tem ou não razão. Entender cabível não significa que se vá acolher o mérito", disse ele. De certa forma, o juiz reforça a análise do jornalista Luis Nassif, que disse que os embargos serão uma "vitória de Pirro". Ou seja: Celso de Mello os aceitará, mas proferirá votos ainda mais duros na próxima fase do julgamento (leia mais aqui). O decano também aproveitou o encontro com o jornalista da Folha para dizer que a pressão da chamada opinião pública, vocalizada pelos meios de comunicação é "absolutamente irrelevante". E voltou a dizer que não se sente pressionado. "Vou expor minhas razões e praticar a decisão, algo que é exigido de nós todos os dias. A responsabilidade é própria do ofício jurisdicional mesmo quando se tem uma votação unânime."

Anônimo disse...

Realmente o Brasil não há "hoje" , só "ontem e amanhã".A copia só é possível em cima daquilo que já foi feito.E porque não copiar, se na copia não temos muito trabalho , é só repetir? O Brasil tem um futuro vazio onde a própria estrutura preferida da língua é preferencialmente feita por tempos futuros e condicionais que nunca chegarão".Se Deus quiser", "se eu conseguir", se o governo fizer...mudar, se a saúde funcionar, se eu conseguir um trabalho, etc e tal...Tem mais as formas carinhosas do "inho" que nos dá um tom infantiloide, não nos deixa crescer ou dá um tratamento todo especial aos bandidos do passado e do futuro desta terra.Quem não lembra de Fernandinho, Escadinha e outros mais.E há também o verbo "prometer" importante nas atividades políticas Este é o país do tempo verbal "futuro", nada muda e repete sempre os arquétipos da bandalheira social em todos os níveis além de nos dá a falsa ideia da transformação!

Anônimo disse...

"Duro" de novo uma m...!

O resultado vai sair quando este mole já estiver fora STF.

O pior é a jurisprudência, Sr. Celso!

Teu regramento passa a ser maior que a Lei!

Depois não digam que os Juízes não estão legislando.

Anônimo disse...

Acho que o Ministro Celso de Mello esqueceu de considerar que a composição do STF foi modificada e que mesmo que ele venha a ser mais duro na fase seguinte a decisão poderá ser modificada pois os ministros bolivarianos, ainda que mostrem a eles todas as provas das facatruas decidiram pela absolvição dos meliantes e em havendo dois votos novos a ser considerados, muito provavelmente teremos a absolvição também por 6X5. Devemos lembrar que a Ministra Carmen Lúcia votou pela absolvição no crime de quadrilha e no de lavagem de dinheiro.
Então teremos apenas a inversão do voto do ministro Celso com o da Ministra Carmen, pois não deve haver fato novo que os faça mudar seu voto já dado anteriormente.

Anônimo disse...

Muda sim!! Para pior.

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