Saiba como foi e veja como aconteceu a operação aérea, militar, inédita, que trouxe 62 vítimas a Porto Alegre

Neste domingo, o programa Fantástico, Rede Globo, exibiu uma reportagem especial sobre o transporte das vítimas da tragédia de Santa Maria para Porto Alegre, a fim de receber tratamento médico especializado. Durante o transporte, foi usada tecnologia de ponta para avaliação dos 62 feridos graves, vítimas de queimadura e de intoxicação. Os aviões da FAB foram dotados de equipamentos usados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos em situação de guerra.

. A reportagem de Kíria Meurer, da Globo, contou com tomadas inéditas, quase todas gravadas pelo doutor Márcio Rodrigues, que acompanhou o atendimento dos feridos. As cenas são espetaculares e jamais vistas antes na TV brasileira, à exceção de documentários e filmes de guerra moderna. Elas mostraram que foi montada uma verdadeira operação militar para garantir a sobrevivência dos feridos no incêndio. Em 24 horas, 62 pacientes foram transportados de Santa Maria para Porto Alegre, todos em estado grave, entubados, recebendo ventilação mecânica. A Aeronáutica disponibilizou helicópteros e um avião com capacidade para levar sete pacientes de UTI ao mesmo tempo. A FAB fez 92 voos desde o último domingo. De acordo com o enfermeiro Maicon Daniel Chassot, o trabalho no avião foi muito tenso, pois os pacientes estavam em situação muito graves, mas cada um tinha um médico e um enfermeiro para promover cuidados. Já em Porto Alegre, os feridos foram encaminhados a diversos hospitais, como o Hospital de Clínicas, onde médicos receberam orientações em tempo real, inclusive com transmissões de TV on line,  de especialistas argentinos, que atenderam as vítimas da tragédia em Cromagnon, em 2004. Foi sugerido que as vítimas recebessem lavagem das vias aéreas, para retirar a fuligem dos pulmões.

- As filmagens e os procedimentos, serão usados a partir de agora na residência de medicina de emergência, para formar futuros médicos especializados em situação de catástrofe.

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- O atendimento médico ás vítimas que sobreviveram à tragédia de Santa Maria tem sido reforçado por equipes de saúde de vários Países, com destaque para Argentina, EUA e Canadá, mas médicos de outros Países têm tentado ajudar, sem êxito.