Artigo, Rubem Barbosa - O Custo Brasil requer apenas soluções pontuais

- O ex-embaixador Rubem Barbosa, neste artigo ao Estadão do dia 14, volta ao tema do chamado Custo Brasil, que é o custo das empresas por conta de infraestrutura insuficiente, impostos demasiados e altos custos trabalhistas e de encargos financeiros, sem contar as erráticas políticas fiscais e cambiais, que volta e meia são devastadoras. Vale a pena ler:

O CUSTO BRASIL!
(ex-embaixador Rubem Barbosa – ESP, 14) 

1. Por aqui, nos últimos dez anos as medidas de apoio à indústria ignoraram a principal causa da rápida perda da competitividade da economia nacional. O custo Brasil está tendo um efeito devastador na economia. De imediato, com a perda de mercado no setor exportador e a crescente saída de empresas brasileiras e, a médio e a longo prazos, com o aumento do desemprego e a redução de investimentos.

2. A exemplo dos EUA, a desoneração tributária deveria encabeçar a agenda do governo para enfrentar a competição externa. Defesa comercial, apenas, não melhora a competitividade. O custo da energia, a alta taxa de juros, a apreciação cambial, que anula a proteção tarifária, as ineficiências burocráticas, a guerra de incentivos nos portos e seus altos custos operacionais, o descalabro da infraestrutura, o peso dos gastos com a corrupção e com a aplicação da legislação trabalhista poderiam, se atenuados, representar significativa redução dos mais de 35% no custo final dos produtos.

3. Do ponto de vista empresarial, não se trata de reivindicar uma política industrial, mas de demandar medidas pontuais com imediata repercussão sobre a competitividade do setor produtivo. Medidas recentes, ao invés de reduzir, estão fazendo aumentar o custo Brasil

4 comentários:

Surfista Prateado disse...

O povo vota na esquerda justamente para impedir que os ajustes sejam feitos, que certamente envolveriam perda de "direitos" trabalhistas, de "conquistas" e "vantagens"... O mais divertido é que este ajuste virá, de um jeito ou de outro, e quem vai pagar a conta, já bem maior pela acumulação, serão os mesmos que hoje impedem que ela seja feita aos poucos, em doses homeopáticas. Não deixará de ser divertido. O Brasil do amanhã é a Grécia de hoje. Quem viver, verá.

Anônimo disse...

Pois é, será que os empresários tupinambás não se dão conta disso ??? Para quem irão vender seus produtos, se o mercado interno entrará em colapso ?

Não adianta nada o partidinho dos saqueadores conceder incentivos fiscais através de renúncias.

Me surpreende a estupidez e a mediocridade dos empresários brasileiros, que continuam a botar dinheiro na campanha desses bandoleiros bufões esquerdistas. Só pensam no curto prazo, em obter favores desses governinhos vigaristas e vendilhões.

Anônimo disse...

Discordo Surfista, o Brasil de amanhã não será a Grécia de hoje, O Brasil de amanhã será a India de ontem piorada, pois lá pessoas respeitam pessoas.

Justiniano disse...

Muitos empresários brasileiros são oportunistas e predadores, hoje muitos produtos são produzidos por eles na China e importam direto para aqui.
O país é um dos mercados mais fechados do mundo, a jurássica CLT engessou as relações trabalhistas, onde o patrão sempre será culpado de toda ação trabalhista. A própria CEEE criava livros pontos nas hidrelétricas para acionar posteriormente na justiça (o cara ia duas tres vezes na vida)e ganhava fortunas. Teve gente que nunca subiu num poste e ganhou periculosidade e aposentadoria precoce. A banca de um certo governador ganhou milhões, aliciando e comprando advogados da CEEE, que eram instruidos a não cmparecer nas audiências trabalhistas. A CEEE era um clã familiar, bastava ter um parente lá dentro era garantia de emprego certo.

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