Reportagem - Em Cuba, pobre que não rouba, não sobrevive para contar a história

Com o desafio de passar um mês em Havana com apenas 15 dólares, o repórter norte-americano Patrick Symmes narra seu mergulho na sociedade cubana e os diversos "jeitinhos" a que precisou recorrer para obter comida, se locomover e até mesmo para destilar rum caseiro. Avisa o repórter: "Pobre que não rouba, em Cuba, não sobrevive".

. O editor esteve em Cuba duas vezes, uma em 1963, logo depois da fracassada invasão da Baía dos Porcos por parte de exilados em Miami, e outra em 2002, quando o cenário agora descrito por Symmers já era muito parecido, mas a pobreza e a prostituição eram bem maiores. Em 1963, diante da simples ameaça de uma "cantada", a miliciana cubana, fuzil a tira-colo, foi logo avisando, em plena Malecón: "Nossa Pátria Livre está liberta da prostituição. Quem insistir é reeducada ou vai para o paredón". Em 2002, em Varedero, o editor viu centenas de prostitutas e homossexuais oferecendo os corpos em plena rua, em troca de apenas US$ 2.

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