Lula em campanha com dinheiro público: uma nação de cócoras.

Artigo - O Estado de S. Paulo - 15 de outubro de 2009
Uma nação de cócoras
por Dora Kramer


Objetivamente: qual a necessidade de o presidente da República passar três dias vistoriando obras do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco em quatro Estados, na companhia de uma vasta comitiva de ministros, entre eles a chefe da Casa Civil?Para uma vistoria, engenheiros dariam conta do recado. Para uma prestação de contas à sociedade com a finalidade de mostrar que as obras estão andando, há verbas (abundantes) de propaganda institucional.Mas, como o objetivo não é verificar coisa alguma e a publicidade pura e simples, no caso, não cumpre o objetivo, o presidente Luiz Inácio da Silva ocupa três dias úteis dos raros que tem passado no País com uma turnê de acampamentos e pronunciamentos de caráter pura e explicitamente eleitoral.Isso quando há problemas graves que mereceriam do presidente mais que referências ligeiras ou declarações de natureza político-partidária, ora em sentido de ataque, ora de defesa.

CLIQUE na imagem acim para ler o texto completo.

2 comentários:

Anônimo disse...

"O BOLIVARIANISMO COM SAMBA, SUOR E CACHAÇA


quinta-feira, 15 de outubro de 2009 | 13:15


(ler primeiro o post abaixo)

A reclamação de Lula pode ser resumida num lamento:
“Que pena que não existe uma ditadura no Brasil!”

Olhem que beleza de frase: “Não existe nenhuma obra parada no Brasil por falta de dinheiro. Se tem alguma obra parada, é alguma coisa ou da Justiça ou de briga entre empresários ou do Tribunal de Contas. Porque falta de dinheiro não existe.”

Observem que ele não toca em duas questões:
1 - e obra parada por falta de competência, existe?
2 - e obra parada por excesso de safadeza, existe?

É impressionante! Tirando-se o TCU, que é um órgão de acompanhamento do Congresso, e a Justiça, o Executivo caminharia às mil maravilhas. Faz tempo que Lula considera que o que o atrapalha são os outros dois Poderes da República.

Sim, Lula tem sorte! Não adianta negar. Fez a escolha essencial correta quando decidiu não mexer nos marcos essenciais da macroeconomia, é verdade, mas sabe que é a demanda chinesa que segura o Brasil — ou ele e seus magos teriam tentado opções, que opções não eram, heterodoxas. Felizmente, a realidade internacional o empurrou para um caminho mais convencional.

Mas há coisa que a China não pode dar ao governo — ou “demandar”, para escolher um verbo mais apropriado: competência e respeito pelas instituições. O NOTÁVEL DESEMPENHO DO BRASIL EM MUITAS ÁREAS É FRUTO DE UM FORMIDÁVEL SETOR PRIVADO, NO CAMPO E NAS CIDADES. O empresário brasileiro, à diferença do que querem muitos, é competitivo e aprendeu a disputar mercado. Não foi Lula que lhes deu isso, não.

Infelizmente, no governo propriamente, a regra é a incompetência!

LULA ESTÁ COM 180% DE POPULARIDADE??? DANE-SE. O FATO É ESTE: O GOVERNO É INCOMPETENTE E GASTÃO! Eu posso dizê-lo. Não sou candidato a nada! Se a máquina do petismo se mobiliza contra mim, o número de leitores cresce em vez de diminuir.

O governo é incompetente e vendedor de mistificações, a exemplo do que faz com as obras do São Francisco. Vejam nos posts abaixo. Lula vende o seu canteiro de poucas obras como quem já tivesse transformado o sertão em mar — o Antônio Conselheiro pós-moderno. Sem contar que há dúvidas muito sólidas se esse modelo, digamos, sino-soviético de grande intervenção na natureza é mesmo o melhor. Nunca ninguém tentou acabar com o gelo de algumas regiões do mundo para tornar terras agriculturáveis. Mas isso fica para outra hora.

Agora, o que importa destacar é que Lula está arrumando culpados por tudo aquilo que ele e seu governo não conseguem fazer.

“Ué, não conseguem fazer, mas tem essa popularidade toda?” É, isto mesmo! Qual é a dificuldade de entender? O fato de que o futuro possa ser irrelevante numa equação político-eleitoral não quer dizer que ele não exista.

E, para encerrar este post, é preciso notar que a fala de Lula tem um desdobramento óbvio. As obras só vão sair, então, do papel se a Justiça abrir mão de ser Justiça, e o Congresso abrir mão de ser Congresso. É, assim, um bolivarianismo liofilizado, o bolivarianismo possível por aqui. Um dia, quem sabe, com água quente, renda um bom sopão populista-nacionalista-revolucionário… Manuel Zelaya não gostava da Constituição de Honduras. Lula não gosta da nossa. Chávez não gostava daquela da Venezuela… Cada um deles opera no limite do possível, tentando alargá-lo sempre…"

Texto de Reinaldo Azevedo


http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-bolivarianismo-com-samba-suor-e-cachaca/



KIRK

Unknown disse...

A mim, também, causa espanto como ninguém o impede de fazer o que bem quer.
O cara desce de um palanque pra subir em outro, desrespeitando flagrantemente a lei eleitoral.
Nem sei o que é melhor, se ele no planalto ou longe, senão o mandaria trabalhar um pouco.
O pior é que continua gastando o nosso dinheiro como se dele fosse.

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