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Porto Alegre
Publisher: Francisco Ferraz, cientista político.
Cuidado com a campanha negativa e a oposição destrutiva
Por definição e pela realidade prática, todo o político busca o poder.
Salvo as honrosas exceções, a maioria dos políticos preferem a titularidade de um cargo executivo sobre a de um cargo legislativo. No próprio legislativo, ocupar a presidência da mesa, ou um de seus cargos, ou a liderança da bancada, sempre é preferido na comparação com o exercício isolado de seu mandato.
No executivo também essa preferência parece ser a regra.
O prefeito quer ser deputado para, quem sabe, depois vir a ser governador, e este gostaria de ser deputado federal, para quem sabe tornar-se ministro. E, alguns governadores, desde o início de seu mandato, têm já os olhos postos no Planalto.
Tudo bem. Nada de mal. Não se deve condenar a ambição, desde que orientada para o bem.
É que governar entrega ao eleito o poder de decidir, de escolher, de fazer. Alguns delinqüentes, quando detêm esse poder o usam para benefício próprio, de seus partidos, de seus amigos, familiares, lembrando-nos o genial Camões ao reproduzir o lamento do velho do restelo.
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