Debate: "Falta vocação para muitos professores"


OPINIÃO DO LEITOR

Falta vocação para muitos professores

Tem muita gente boa por aí, mas de fato se percebe a falta de vocação para a coisa. Aliás, penso que a Escola, da forma como está e com seus curriculos, não atende (se é que um dia atendeu) as necessidades dos alunos. Em todos os níveis, do básico à universidade. Basta pegar alguns livros para ver os absurdos dos textos, escritos por alguns PHDs: para ficar no mínimo, com gravíssimos erros de português. Nossas escolas são geradoras de papagaios, simples repetidores de sentenças e fórmulas prontas. Pensar cansa e pode dar dor de cabeça. Então é melhor não pensar. Neste ponto vale lembrar uma sentença de Lauro de Oliveira Lima, de seu livro "Escola Secundária Moderna": "Os professores, geralmente, usam a síntese para ensinar. Poupam o aluno da análise. Mas só a síntese feita pelo próprio aluno (partindo de uma pesquisa analítica), faz com que ele aprenda." Esta obra foi escrita no inicio dos anos 70. Algo mudou de lá para cá?

Forte abraço e um 2009 sensacional para nós.


Silvio Balbute, Porto Alegre, RS.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não é só vocação que falta aos "professores" gaúchos. Também falta competência e formação intelectiva para lecionarem! Temos que começar a denunciar essa realidade ou então admitir que nossos alunos são deficientes mentais incapazes da aprendizagem!

Anônimo disse...

Não é só vocação que falta... Também falta competência!

Anônimo disse...

Não falta vocação, falta é formação adequada e reciclagem contínua dos professores, pois se os empregados de empresas, como exemplo, revendedoras de automoveis são obrigados a qualificar e reciclar na industria automobilistíca, porque na educação que está em constante mudança no muundo cotidiano, não há cursos de reciclagem. Os professores de biologia de 20 anos atrás não estudaram biotecnologia, assim como os professores de fisica não acompanharam as teorias das cordas. São pequenos exemplos mas que mostram é que há despreparo. O conhecimento hoje está mudando numa velocidade espantosa, se na década de 70 este mudava a cada 10 anos, neste século a cada 4 anos, some-se a isso a geração e disponibilidade de conhecimento na internet, que é uma tremenda ferramenta para professores. Hoje com video conferência é possivel fazer um treinamento em técnicas didáticas e reciclagem de conhecimento em tempo recorde, não necessitando custos de diárias e despesas de deslocamento para o estado. Há uma necessidade de fazer um exame de raio X na estrutura e uma analise da capacitação dos professores. Não podemos generalizar porque uma parcela insignificante pode não ter vocação, mas a grande maioria são pessoas abnegadas que estão educando os filhos deste estado, porque os pais se omitem na educação dos principios da ética e moralidade, assim como no acompanhamento dos seus deveres (eu o faço com o meu filho). Portanto a questão de mudança na formação obrigando a análise por parte do aluno, os professores deverão ter uma formação profissional adequada para os questionamentos pelos alunos. Só como exemplo somente 3% dos professores de quimica na rede estadual tem formação na área e 8% na área de física. Isto sim que tem que ser questionado, pois muitos professores são quebra-galhos.
Outro grande problema é a formação universitária destes professores, porque vejo hoje que a minha formação e conhecimento de química, física e biologia do Científico é o que estão dando nas universidades, isto explica aquela famosa frase "as deficiências não se somam mas se multiplicam", resultando em professores que sabem uma abazão, sem conhecimento profundo destas área.

Um exemplo extremaente negativo é a área da educação física, é certo que a maioria do colégios estaduais não possuem ginásios cobertos, mas é imcompreensível que não há formação teórica de nada. Quando estudei em colégios publico e disso me orgulho, eram dadas aulas sobre regras desde o futebol até tênis, assim como várias práticas desportivas e de atletismo. Hoje os professores fazem a chamada e dão uma bola de futebol, mas sem opção por volei, basquete, handebol ou atletismo.

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