O empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, foi indiciado neste sábado (11) pelos crimes de denunciação caluniosa, corrupção ativa e formação de quadrilha. Preso na sexta-feira em Belo Horizonte, ele foi interrogado até 1h30 deste sábado na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, para onde foi transferido. A Operação Avalanche, desencadeada por ordem da Justiça Federal, levou à prisão outros 16 acusados de integrar esquema de corrupção ativa e passiva, fraudes fiscais e formação de quadrilha para extorsão de empresários em débito com o fisco.
. Nas três horas e meia de depoimento, a PF insistiu com Valério sobre suas relações com o empresário Walter Faria, presidente da cervejaria Petrópolis. Valério respondeu que conhece Faria há muitos anos e que ultimamente estava ajudando o empresário a localizar um terreno na Grande Belo Horizonte para instalação de uma unidade da fábrica de cerveja. Valério declarou à PF que, em contato recente, Faria reclamou que estava sofrendo várias autuações tributárias e pediu sua ajuda.
. O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, disse não ter tido acesso total ao inquérito, o que deve ocorrer na terça-feira. Também no dia 14 vence o prazo de cinco dias da prisão temporária de Valério.
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