Vereadores de Porto Alegre vão trocar de partido. Dia 3 de abril é a data limite

Alguns já têm definida a nova sigla, outros ainda negociam a troca e todos estão pensando nas eleições de outubro. Com a mudança da legislação, estima-se que será necessário obter entre 19 e 22 mil votos para garantir uma cadeira. Coligações estão proibidas nas proporcionais.

A bancada que vai ficar mais desfalcada é do MDB, que deve perder três vereadores. Comandante Nádia e Pablo Mendes Ribeiro ainda não revelaram para onde vão. O único que anunciou seu destino é Valter Nagelstein, rumo ao PSD, onde possivelmente será candidato a prefeito. Ele repete o movimento de Antonio Britto no início dos anos 2000, que decidiu não se submeter a prévias e foi para o PPS, levando outros consigo, para perder a eleição que elegeu Rigotto governador. Quando era mais jovem, o próprio Valter chegou a disputar o Paço Municipal pelo mesmo PPS que foi de Britto e aliados "socialistas de ocasião". Aliás, a sigla já mudou de nome para fugir do estigma da palavra "Socialista" em seu DNA.

Dez vereadores devem trocar de partido, inclusive João Bosco Vaz, histórico trabalhista com vários mandatos pelo PDT,  com convites para entrar em cinco partidos. O progressista Cassiá Carpes é outro longevo no legislativo que avalia a migração partidária. Da mesma forma, o ex-petista e atual líder do governo, Mauro Pinheiro, está inscrito no rol dos descontentes migratórios.

Ricardo Gomes (PP), Cláudia Araújo (PSD) e Cláudio Conceição (Dem) são os outros nomes apontados como de saída em seus partidos.