Inicio com este artigo uma relação que torço para que seja longa e profícua com os leitores do jornal O Estado de S. Paulo, após quase 20 anos escrevendo em outro veículo. Embora eu tenha sido um colaborador bissexto do Estadão, com publicações avulsas, o contato agora será mais regular e frequente, com encontros neste espaço uma vez por mês. Para mim é uma satisfação, pela identidade de posições com a linha editorial do jornal e pela história que este carrega. Procurarei, nos meus artigos, expor questões econômicas de interesse do País, mas sempre com a preocupação de fazê-lo para um público mais amplo que o que lê as páginas de economia do jornal. Espero ser aprovado pelo julgamento dos leitores. Inicio esta etapa tratando de algo que está há meses na mídia: a capitalização previdenciária.
O assunto entrou no debate do País ano passado e provavelmente ficará entre nós por muito tempo. Penso que o tema pouco tem que ver com a solução da crise fiscal, mas é fundamental como tema da educação financeira do País.
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5 comentários:
Desde que o mundo foi mundo foi possível fazer capitalização. Para milionários é facílimo, o problema é de assalariados que ganham uma miséria. Imagina você ganhando poucos salários ter que viver e poupar só do seu para viver no futuro. A maioria nem casa compra, imagina uma poupança gorda para viver na velhice. Isto é golpe de banqueiros.
O problema são os juros muito baixos. No dia dia se percebe uma influência alta mas os juros são mantidos baixos artificialmente para favorecer bancos.
Com juros baixos o sistema de capitalização fica praticamente impossível.
Ok, vou explicar. Previdência social é pirâmide. Se não houver mais gente entrando que saindo quebra. A população brasileira já passou do ponto de ter mais jovens do que velhos. Então, vai quebrar de qualquer jeito. A reforma vai trazer na melhor das hipóteses 1 trilhão de reais em 10 anos, mas a previdência está deficitária em 3 trilhões em 10 anos. A conta não fecha nunca. Somos OBRIGADOS a contribuir, não tem como fugir. O justo seria vincular por cpf a contribuição de cada um e separar um percentual para a seguridade vinculado ao sus. Aos jovens leitores, não acreditem em previdência. Faça seus próprios investimentos, estude educação financeira, não financie casa para pagar em 30 anos.compre títulos do tesouro, invista em renda fixa com taxas de administração menores de 1% ao ano, se acostume a uma vida frugal e tenha companhia de pessoas como você ( elas existem). Sua vida será muito mais tranquila que da maioria das pessoas.
Exatamente, mas na verdade os juros são mantidos baixos artificialmente pelo governo para não explodir a dívida pública. Os juros que deveriam ser DE VERDADE se aproximam mais dos juros dos bancos, mas os governos não são loucos de admitir isso. A selic em 6,5% não corresponde ao risco de inadimplência e por isso não estimula nem empréstimos internos a este valor, nem atrai capital externo por causa do chamado risco Brasil. O correto seria elevar os juros a um patamar suportável para atrair investimentos externos. Investimentos internos via empresas não funcionam mais, a maioria da população está devendo e não tem como aumentar o consumo.
Bom comentário acima.
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