Indicadores industriais apontam direções divergentes em abril

Os indicadores coincidentes da atividade industrial de abril divulgados ontem, sugerem direções divergentes para a produção no período. O fluxo de veículos em estradas pedagiadas avançou 0,2% na margem, efetuados os ajustes sazonais, conforme apontado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). 

O resultado refletiu a expansão de 0,9% de veículos pesados e de 0,3% de leves. Na comparação interanual, o fluxo total de veículos registrou queda de 4,0%. 

Da mesma forma, a carga de energia do Sistema Integrado Nacional (SIN) totalizou 69.111 MW médio no mês passado, o que representa uma alta interanual de 4,9%. Na comparação com março, a carga de energia registrou expansão de 0,5%. 

Por outro lado, as vendas internas de cimento somaram 4,7 milhões de toneladas no mês passado, segundo os dados divulgados ontem pelo Sindicado Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). 

Esse comportamento representou uma queda de 2,1% na margem, efetuados os ajustes sazonais. No confronto com o mesmo período do ano passado, a retração foi mais forte, de 11,1%. A divergência dos dados ainda reforça o cenário de fraco desempenho da indústria neste ano. 
- A produção industrial registrou alta em apenas duas das quinze regiões pesquisas no primeiro trimestre deste ano, quando comparada ao mesmo período de 2015, conforme os dados divulgados ontem na Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE. O Pará e o Mato Grosso registraram avanços de 10,8% e 6,6%, respectivamente, enquanto a produção industrial brasileira recuou 11,7% no mesmo período. Essas regiões estão sendo beneficiadas pela expansão da indústria extrativa e de alimentos. Comparando março com o mesmo mês do ano passado, a variação negativa de 11,4% resultou da queda da atividade no País em trezes das quinze regiões pesquisadas. As retrações mais intensas foram registradas em Pernambuco (-24,4%), Espírito Santo (-22,2%), Goiás (-14,3%) e São Paulo (-12,5%). No sentido oposto, Pará e Mato Grosso apresentaram expansão de 7,3% e 4,0%, respectivamente, na mesma métrica. Apesar da melhora da produção industrial em março nossa expectativa é de nova retração em abril, em linha com o cenário de fraco desempenho da indústria neste ano.

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