Entrevista, Paulo Casarotto, para Roberta Mello, Jornal do Comércio: Dívida de Estados com União é uma questão política.

CLIQUE AQUI para ler, também, "STF pode impor perda de R$ 300 bi à União".
E leia "Juros simples, consequências severas", Estadão. CLIQUE AQUI para ler.

Nesta entrevista para Roberta Mello, Jornal do Comércio, João Pedro Casarotto, integrante da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), afirma que o governo federal usa as dívidas dos Estados para constrangê-los politicamente.

Leia tudo:

JC Contabilidade - O senhor fala, em sua palestra, que logo estaremos vivendo a crise da dívida pública da União. Esse “logo” deve levar algum tempo, ou já estamos entrando nela?

João Pedro Casarotto - Já estamos vivendo, porque antes tínhamos superávit primário para ir pagando a dívida, e isso acobertava o efeito. Hoje, não existe mais nem superávit primário, ou seja, não existe mais economia para pagar. A dívida foi se retroalimentando, e a sociedade está sentindo fortemente esses efeitos.

Contabilidade – Uma dificuldade para conter o endividamento é que a dívida pública está ilimitada, apesar de a Lei de Responsabilidade Fiscal prever o estabelecimento de um limite à dívida pública da União. Qual a importância dessa limitação e quando ela deve ocorrer?

Casarotto - A regulamentação do teto da dívida só chegou aos municípios e estados, o que é muito bom, mas deve se estender ao âmbito federal. Em 2000, o presidente da República encaminhou um ofício ao Senado pedindo o estabelecimento de limites. O Senado desmembrou em dois e estabeleceu limite aos municípios em 120%, aos estados em 200% e, com relação ao governo federal, não fez a limitação. Houve, em 2007, novo projeto para estabelecer o limite, que tramitou e foi arquivado. Em 2015, essa Resolução nº 84/2007 foi reativada e está tramitando. É uma resolução extremamente frouxa, porque já estamos com uma dívida de mais de 600% da receita corrente líquida, e a resolução estabelece que pode ir até 770% para depois baixar para 440%.

Contabilidade - A dificuldade em sanar a dívida é uma questão financeira ou política?

Casarotto - Com certeza, não é uma questão financeira. Os valores são muito inexpressivos. O Rio Grande do Sul vai pagar, durante todo o ano de 2016, R$ 3,2 bilhões. O governo federal gasta com a dívida bruta R$ 3,1 bilhões por dia. Esse dinheiro não faz falta para a União. Isso é uma questão política, questão de comando, de poder.

CLIQUE AQUI para ler tudo. 

Um comentário:

Anônimo disse...

O PT QUEBROU O BRASIL!

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/