Participo de discussões com investidores globais nas quais
são analisados vários países. Anos atrás, quando falávamos do México, foi
pontuado que era ano eleitoral e existia grande chance de vitória de candidato
presidencial populista.
Apesar disso, os investidores mostraram tranquilidade.
Como o Banco Central do país era independente e seu presidente e diretores
tinham mandatos longos à frente, não havia a possibilidade de um novo chefe de
governo alterar substancialmente, num único mandato, as decisões sobre política
monetária ou cambial.
O ponto central no intenso debate sobre a decisão do BC
brasileiro de manter a taxa de juros inalterada é a autonomia da instituição. A
controvérsia foi resolvida de forma permanente e simples na maioria das
economias relevantes via instituição da independência legal do BC –o que
significa na prática que a sua diretoria terá mandatos estabelecidos por lei
para cumprir os objetivos formulados pelo Executivo.
E por que muitos países adotaram a medida em lei? A razão
é clara: embora a inflação baixa seja muito popular, medidas de combate à
inflação podem ser no curto prazo impopulares.
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