Artigo, Henrique Meirelles, Folha - Ancorando o debate

Participo de discussões com investidores globais nas quais são analisados vários países. Anos atrás, quando falávamos do México, foi pontuado que era ano eleitoral e existia grande chance de vitória de candidato presidencial populista.

Apesar disso, os investidores mostraram tranquilidade. Como o Banco Central do país era independente e seu presidente e diretores tinham mandatos longos à frente, não havia a possibilidade de um novo chefe de governo alterar substancialmente, num único mandato, as decisões sobre política monetária ou cambial.

O ponto central no intenso debate sobre a decisão do BC brasileiro de manter a taxa de juros inalterada é a autonomia da instituição. A controvérsia foi resolvida de forma permanente e simples na maioria das economias relevantes via instituição da independência legal do BC –o que significa na prática que a sua diretoria terá mandatos estabelecidos por lei para cumprir os objetivos formulados pelo Executivo.

E por que muitos países adotaram a medida em lei? A razão é clara: embora a inflação baixa seja muito popular, medidas de combate à inflação podem ser no curto prazo impopulares.

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