Três delatores vão devolver R$ 247 milhões para a Petrobras. Lava Jato já ultrapassou marca de R$ 1 bilhão recuperados.

Nesta reportagem da Folha de S. Paulo de hoje, Mário Cesar Carvalho e Graciliano Rocha informam que três lobistas investigados pela Operação Lava Jato que fecharam acordo de delação premiada concordaram em devolver R$ 247 milhões à Justiça. Posteriormente, o montante será repassado para a Petrobras, por se tratar de valores desviados em contratos com a estatal. Com esses acordos, a Lava Jato deve ultrapassar a marca de um R$ 1 bilhão recuperados –dos quais, R$ 296 milhões já regressaram para o caixa da Petrobras.

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Os R$ 247 milhões serão devolvidos pelos lobistas Julio Faerman, Milton Pascowitch e seu irmão José Adolfo Pascowitch.

A maior devolução, de US$ 54 milhões (R$ 187 milhões), será feita por Faerman, que representava os interesses da empresa holandesa SBM junto à Petrobras, fechou um acordo de delação em maio com procuradores do Rio de Janeiro e contou que pagou propina para obter contratos com a estatal.

Os US$ 54 milhões são o segundo maior valor já recuperados nas investigações, só inferior aos US$ 97 milhões (R$ 336 milhões pelo câmbio de ontem) devolvidos pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.

O dinheiro que Faerman ganhou em contratos com a Petrobras estava escondido em contas na Suíça. Nesta quarta (5), o secretário de Cooperação Internacional Substituto da Procuradoria-Geral da República, Carlos Bruno Ferreira da Silva, se reúne com procuradores suíços, em Lausanne, para acertar detalhes de como será feita a devolução.

A Petrobras estima que todos os contratos que fechou com a empresa holandesa somam US$ 27 bilhões.

Já os irmãos Milton e José Adolfo aceitaram devolver R$ 40 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente.

Além de pagar a multa milionária, Milton ficará um ano em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, e outro ano em regime aberto. Seu irmão terá de prestar serviços comunitários por dois anos.

A delação e os documentos entregues pelos irmãos Pascowitch foram usados pelos procuradores para pedir a prisão do ex-ministro José Dirceu, decretada pela Justiça nesta segunda (3).

Milton, que representava os interesses da Engevix junto a Dirceu e ao PT, disse que bancou reformas de uma casa e de um apartamento de Dirceu, que pagava o aluguel de aviões e chegou a comprar 50% de um jatinho para ele. Ele também contou que entregou R$ 10 milhões para o PT em dinheiro vivo em 2010.

O advogado de Dirceu, Roberto Podval, diz que os pagamentos feitos por Milton eram referentes a consultorias que o ex-ministro prestou à Engevix.


Por meio de nota, o PT disse que só recebeu doações legais, por meio de transferências bancárias. 

5 comentários:

Anônimo disse...

Hehehehe não duvido que este dinheiro devolvido para a PETROBRAS não seja novamente desviado uma parte, não sei não ?

Anônimo disse...

Esse roberto podval é mesmo um "bolha" insuportável, tal a mediocridade de seus argumentos. Tinha que ser preso junto com seu cliente, "o herói do povo brasileiro".

Anônimo disse...

E aquele imbecil do Rui Falcão vem falar mal da Lava jato.
Deve estar com medo de ter que devolver os milhões ou bilhões que foram desviados pelo partido dele.
Essa conversa mole das elites já não cola mais.
a propósito as elites de que ele fala são os empresários corruptos que pululam ao redor do PT e gente como Lula,Lulinha,Zé Dirceu e por aí vai.
Parodiando o ex Rei espanhol:porque não te calas,Falcão.

Anônimo disse...

E A ZELOTES COMO TÁ ?????????

Anônimo disse...

Como diz no interior,"Dinheiro de pinga".

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