Os
caminhoneiros vão parar novamente no dia 23 (quinta-feira) caso suas
reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal. Nesta terça-feira
(21), termina o prazo pedido pelo governo para um entendimento com o setor de
cargas e conceder a principal exigência dos caminhoneiros - a tabela de custo
que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. Os
representantes da categoria alertam para o risco de greve geral, caso não seja
fechado acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Miguel Rossetto, na reunião prevista para amanhã.
Para o
deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), relator da comissão externa da Câmara
que acompanha o movimento dos caminhoneiros, a situação econômica do país em
relação ao transporte de cargas piorou nestas últimas semanas:
- Se não
houver resposta aos pedidos, eles vão parar no dia 23. Será um problema enorme
para a economia do Brasil
Osmar Terra aponta que com a diminuição da
demanda de frete, a crise agravou. A única coisa que salva é a safra de grãos,
mantendo minimamente viável o transporte de cargas. Mas, em poucas semanas,
também irá terminar. Então, a crise voltará com mais força, pois o governo, até
agora, não tomou nenhuma medida concreta para ajudar a resolver as questões dos
caminhoneiros e permitir que enfrentem suas dificuldades.
EM BUSCA DE
RESPOSTAS
Segundo o
parlamentar, o governo já deveria ter anunciado a abertura do crédito especial
de R$50 mil com juros de 2% ao ano destinado aos caminhoneiros autônomos.
Medida que, segundo ele, daria “fôlego” para os trabalhadores pagarem as
dívidas em um contexto econômico desfavorável, com o aumento do diesel e queda
no preço dos fretes.
Terra reclama
que o caminhoneiro tem que pagar para andar, o frete não vale a viagem, o custo
que tem não compensa sair de casa e o frete é baixo:
- Precisamos
de respostas que ajudem não só a enfrentar e melhorar as condições de frete,
como a diminuir os custos dos caminhoneiros. Enquanto o governo não enfrentar
as questões do óleo diesel, nem permitir um crédito especial para rolar suas
dívidas, ou oficializar o prazo de carência dos empréstimos e não tiver o preço
mínimo de frete, vamos ter muita dificuldade de convencer a categoria a
continuar trabalhando como se nada estivesse acontecendo.
3 comentários:
se nao pararem, vao ser enrolados novamente...
Tem que parar mesmo! Apoiados! Quem ganha dinheiro no transporte de cargas neste país, são os atravessadores que contratam os serviços dos caminhoneiros, o governo com os impostos abusivos, os bancos que financiam a compra dos caminhões e as concessionárias das rodovias pedagiadas.
Estão tentando enrolar os irmãos caminhoneiros, cuidado e fé na força que vocês tem!
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