Depois de José Múcio pedir
explicações sobre as pedaladas fiscais, também o ministro gaúcho Augusto Nardes apresentará, em junho, a análise do orçamento de 2014 e ele disse ontem que já detectou que o
governo deixou de contabilizar R$ 2,3 trilhões em passivos da Previdência. Além
de destacar os males da contabilidade criativa, ele agregará às conclusões o
comprometimento da competitividade do Brasil em razão do inchaço da máquina
pública.
O ministro avisou que aguardará a apresentação da defesa
do governo sobre o atraso no repasse de recursos para os bancos públicos, antes
de decidir se colocará o fato no relatório. Quanto ao passivo não contabilizado
na Previdência, ele já havia alertado o então ministro da Fazenda, Guido
Mantega. A irregularidade foi detectada no orçamento de 2013, e Mantega ganhou
um ano para corrigi-la. Até agora, o Planalto passou apenas parte das
informações ao TCU, e Nardes aguarda o complemento dos dados.
Conforme o teor da defesa, o ministro não descarta
responsabilizar Dilma Rousseff. No caso do relatório de José Múcio, a
presidente não aparece entre os 17 nomes chamados a prestar esclarecimentos.
– Tudo dependerá das justificativas. Vamos ver como o
governo explica as pedaladas fiscais – afirma Nardes.
A presidente pode ser responsabilizada pelas pedaladas
fiscais?
Dilma pode ser responsabilizada desde que fique
constatado aquilo que encontramos até agora. Temos de dar a oportunidade do
contraditório, verificar se aquilo que o tribunal levantou está confirmado.
Solicitei prazo de 30 dias pelo fato de que o procedimento pode impactar as
contas da presidente Dilma. Sou relator do orçamento. Poderei utilizar essas
informações.
Quando o senhor apresenta o relatório?
Vou relatar em junho. Gostaria que esta resposta chegasse
o mais rápido possível. São 17 autoridades que devem responder pela
contabilidade criativa, as pedaladas. Não somente a questão da Caixa, mas
também em relação a outros procedimentos que ocorreram no ano passado.
O senhor se refere aos problemas na Previdência?
Já comuniquei a presidente em uma conversa informal, e
também chamamos o ministro da Fazenda. Não foram contabilizados R$ 2,3 trilhões
na Previdência, que tinham que constar na prestação de contas do governo. Isso
também pode ser colocado como uma criatividade, ou seja, uma contabilidade
criativa.
A AGU argumenta é que o atraso nos repasses para os
bancos ocorria desde 2001 e que o TCU nunca se manifestou. Isso ocorreu?
O tribunal foi evoluindo com a contabilidade de nível
internacional. Constatando a irregularidade, tem de sanear.
O erro praticado em um governo justifica a manutenção da
prática?
Um erro não justifica o outro. Mas, como somos um
colegiado, não posso me manifestar de forma antecipada.
As questões fiscais podem servir de base para o pedido de
impeachment?
Cabe ao Congresso analisar, e não ao tribunal.
2 comentários:
ESTA HISTÓRIA DE QUE, como diz o Presidente da Camara Eduardo Cunha, não caber o IMPECHMEANT da Presidente porque não ocorreu neste mandato é uma furada...Se comprovadas as provas de que ela fraudou as eleições com mentiras e jogadas financeiras manipulando dados contábeis, pode ser cassada sim... Assim como NIXON, NA hISTÓRIA aMERICANA, que PERDEU O EXERCICIO DO cARGO, POR TER SIDO PROVADA A ESPIONAGEM NO COMITE DO ADVERSÁRIO DURANTE A CAMPANHA, DILMA, tem várias imputações deste genero, a começar pelo dossie contra Serra e muitos outrs tramóias depois...
SÓ DELA NÃO VAI ADIANTAR, TEMER TEM COMPROMISSO COM LULA.
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