Debate - A mãe faz mesmo muita falta no cuidado e na educação dos filhos ?

No artigo que o editor reproduz a seguir na íntegra, o jornalista David Coimbra analisa com rigor as consequências que ocorrem quando a mãe não está em casa para cuidar e educar os filhos. Ele defende a posição que colocou ontem na Rádio Gaúcha o secretário da Segurança Pública do RS, Vantuir Jacini, que ensinou o seguinte: "Antigamente, o pai era apenas o provedor do lar. A mãe ficava fazendo a educação. Hoje, a mãe sai para prover o lar também e as crianças ficam sozinhas, ficam na rua, á mercê de todos os criminosos, sobretudo na periferia". A jornalista Rosane Oliveira, editora de Políica do mesmo jornal de David Coimbra, bate de frente com o secretário e com seu colega, adjetivando tudo, no melhor estilo petista e dos seus aliados, os ressentidos sociais de todo gênero: "Isto (a declaração do secretário) é um pé no passado". 

Leia o artigo de David Coimbra:

David Coimbra: a falta que a mãe faz

Em todas as vezes que visitei a Fase, a antiga Febem, nunca encontrei um menino egresso de família constituída e atuante, e por atuante refiro-me a pai e mãe preocupados com a educação dos filhos. Nunca encontrei um único, nunca. Em geral, o pai era ausente, ou inexistente, ou bêbado, ou drogado, ou coisa pior. Volta e meia, a mãe também era isso tudo, principalmente coisa pior.
Pode ter sido falta de sorte minha, mas duvido – fui muitas vezes à Fase. Aposto uma nota verdinha com o retrato de Benjamin Franklin que nem 10% dos internos foram criados por pai e mãe zelosos.
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Com isso estou dizendo o óbvio: que a família é o mais importante na educação de uma criança. E foi essa obviedade que disse o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, ontem, em entrevista à Gaúcha: era melhor, para os filhos, quando as mães ficavam em casa, cuidando deles.
Alguém pode dizer que isso não é verdade?
É claro que é.
Sendo assim, por que a antiga fórmula composta por "pai provedor" e "mãe do lar" não funciona mais na sociedade ocidental? Porque a sociedade ocidental mudou. Está sempre mudando. Dia a dia. É muito difícil fazer um retrato da sociedade, porque ela é um rio em constante movimento.
A Revolução Industrial, as guerras e as crises econômicas jogaram a mulher no mercado de trabalho. O que pode ter sido bom para algumas mulheres e nem tanto para outras. Muitas queriam ficar em casa, cuidando dos filhos. Dessas, uma parte não pode, porque simplesmente tem de trabalhar. Outra parte, que pode, não quer porque, para determinada classe social, "pega mal" a mulher não ter emprego.
No Dia das Mães, que se aproxima, você vê aqueles anúncios venerando a "Super-Mulher", que bota um tailleur para a reunião da empresa, um avental para cozinhar para os filhos e uma malha de academia para deixar o corpo enxuto como o de uma Gisele. É uma sacanagem. Como exigir isso de qualquer pessoa, mulher ou homem?
Como dizia Jesus, ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Uma mulher com grande responsabilidade profissional, ou com um trabalho muito estafante, não terá tempo nem energia para cuidar dos filhos como cuidaria se estivesse o dia inteiro em casa. Não há como, por melhor mãe que ela seja ou pretenda ser.
Mas a vida também é regida pela lei das compensações. As mulheres não são mais como eram, e os homens também não. À medida que as mulheres tiveram de se afastar dos filhos, os homens se aproximaram deles. Hoje, os homens são melhores pais, exatamente porque há espaço e necessidade para isso.

O problema é que não é suficiente. Pais e mães conscientes estão perdendo a disputa para a degeneração social, aliada à incúria do Estado nas suas tarefas básicas de educação e segurança pública. E é aí que entraria o secretário. Ele pode estar certo na sua análise da responsabilidade da família pela falência moral do país, mas está sendo omisso ao não admitir a própria responsabilidade. Ele não está fazendo a parte dele. E, na parte dele, há muito para fazer.

11 comentários:

Anônimo disse...

Total apoio às declarações do secretário. Mãe é fundamental para o desenvolvimento de uma criança, para a formação do caráter, orientar o seu comportamento e encaminhamento na vida. Para o bem ou para o mal. O olhar da mãe: de aceitação, aprovação ou desaprovação, é fundamental. Sim, é importante ter uma mãe cuidadora, que zele pelo filho, que dê as coordenadas para uma conduta dentro dos princípios éticos e morais. Infelizmente, contra mim mesma, devo concordar que o desejo da mulher por ganhar independência financeira e realização profissional comprometeu a criação dos filhos. HÁ MUITO TEMPO, AS MÃES TERCEIRIZARAM A CRIAÇÃO DE SEUS FILHOS.

Anônimo disse...

Alguem ainda lê a coluna da Rosane?

joão roberto disse...

No caso do Sartorão da massa a contradições em relação a dona ELSA pelo menos nos 100 dias de governo.

Anônimo disse...

E o pai?
Tudo muito bonito e concordo em parte mas tem um fator que ´sempre esquecido.
A maldita midia amiga dos coitadinhos. Não adianta atacar as consequencias. Muita filosofia, muito debate mas o ponta focal é esquecido. Não existe segurança sem repressão. Segurança é policiamento nas ruas. E o judiciário que é sempre esquecido ou temido pela midia. Não tem uma turminha no juduciarioque libera os "coitadinhos" depois de tanto que a brigada prende?
Governo e estado mole e medroso das tais entidades dos direitos humanos. Vão cachimbar formiga. Façam que nem o Maluf; _-Vou botar a Rota nas ruas" O resto é conversa mole e divagações filosóficas.
Joel _

Anônimo disse...

Com certeza a mãe e fundamental na educação da criança isto se ela tiver tido mãe ,o que acontece hoje e que pai e mãe se viram obrigado a dar sustento a família abandonando o rebento a sanha das interperis. Agora não podem transferir a sociedade e aos professores a tarefa de domar estes, coisa que deve ser feita em casa pelas mães sim.E mais acho que se os pais focem punidos também pelas atitudes dos filhos a situação atual seria diferente.

Anônimo disse...

Rosane de Oliveira certamente sentiu a falta de uma mãe de verdade, senão não seria como é e até seria respeitada por pessoas inteligentes e de bom senso.

Anônimo disse...

Discordo, anônimo 18:23. Bom senso
todo o mundo tem. Qual é o bom senso dos petralhas ladrões? ROUBAR! E roubar com a certeza de que isto é o correto. Qual é o bom senso de um idiota? Fazer muita besteira na certeza de que está certo.
Qual teria sido o bom senso da mãe da Rosane de Oliveira? Sei lá, talvez tenha
orgulho do que a filha faz, aí
este seria o bom senso da véia,
tendo então a dupla um bom senso espetacular que eu e você, anônimo (18:23) e tantos outros teimosos do blog não cansamos e não cansaremos de elogiar.

Anônimo disse...

Com essa afirmação o Secretário de Segurança Pública decretou que o lugar de mulher é em casa cuidando os filhos.

FAÇANHA, o advogado do povo disse...

Discussão boba, as mulheres estão em todas as profissões, vão continuar. No primeiro mundo as crianças ficam o dia inteiro nas escolas, em nosso País nem Leonel Brizola conseguiu impor os CIEPS. Também, com essa roubalheira toda, aonde dinheiro para construir escolas de turno integral?

Anônimo disse...

Discussão idiota, a mulher ganhou o mundo e filho precisa é de estabilidade emocional. Se pai e mãe são felizes e amam suas crianças a chance de sucesso é grande! O problema esta no excesso de culpa que se sente em relação a diminuição de tempo para as crianças e que alguns pais insistem em trocar por excesso de liberdade aos rebentos. E a mulher foi a luta por direitos iguais, por isso se em casa falta mãe o pai pode perfeitamente parar de trabalhar para assumir o papel.

Anônimo disse...

pobre da mãe do Badanha

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