Opinião do editor - A Fiergs precisa fazer um teste de visão

Tal como Mangabeira com o presidente americano Ike (Dwight Eisenhower) na década de 50, Heitor Muller, agora, beija a mão que lhe tira o emprego, ofuscado pelas migalhas do patrimonialismo.

Assim que assumir o cargo, o governador José Ivo Sartori será cobrado pelo comércio gaúcho para que mande a secretaria da Fazenda cumprir a lei estadual que extingue o chamado Imposto de Fronteira. Trata-se de eliminar a diferença de 12% para 17% no ICMS cobrado em cima de produtos comprados noutros Estados. 

. O atual governador, Tarso Genro, instrumentalizado pela Fiergs, nega-se a cumprir o que aprovou a Assembléia, alegando que a lei é inconstitucional, o que nunca provou.

. O lobby da Fiergs já começou para cima de Sartori, porque nesta terça-feira o presidente da entidade, Heitor Muller, assinou artigo no jornal Zero Hora, atribuindo ao Imposto da Fronteira, que até agora não foi cancelado, todos os males pela desindustrialização gaúcha. "Podemos quebrar e ter que procurar empregos", diz, dramático, o presidente da Fiergs, que ignora completamente as verdadeiras causas que não ousa criticar:

- A errática e fracassada política econômica do governo federal.
- A configuração atrasada da matriz econômica gaúcha e o estado abúlico do setor público estadual.

. Alinhado lá e cá com os governos do PT, submisso aos seus caprichos e sujeito ao patrimonialismo 
patrocinado por juros privilegiados, prazos longos de pagamento, subsídios de toda ordem, impostos sindicais usados sem fiscalização e acesso fácil à Corte, a Fiergs culpa o que não vê pelo que não vê. A Fiergs chega a falar em "reindustrializar o Estado", constatação a que nunca chegou durante os quatro anos do governo Tarso Genro, que passou 2014 inteiro saudando sua exitosa "política de expansão industrial". Como se vê, passadas as eleições, derrotado Tarso, agora a Fiergs considera que foi tudo bravata do governo petista. 

. No seu artigo, Heitor Muller acusa o comércio gaúcho pelos seus males:

A visão de curto prazo poderá abrir espaço para que o Rio Grande do Sul deixe de se reindustrializar e opte por se tornar uma grande feira livre de importados. Quem compraria um produto de fornecedor interno pagando 17% de ICMS se no Estado vizinho a alíquota é  12%?
Logo, os industriários terão que procurar novos empregos nos Estados produtores e até em outras nações, caindo o número de consumidores .
Talvez tenhamos que distribuir óculos com lentes de longo prazo para aqueles que, neste exato momento, estão formulando alguma medida milagrosa tendo o olhar voltado somente para os próximos meses, e não para as próximas gerações.

CLIQUE AQUI para ler todo o artigo de Muller.

5 comentários:

Anônimo disse...

O PT só chegou onde chegou porque usou a seu favor o capitalismo que tanto odeia, mas que sempre lhe serviu e continua servindo. Comprou tudo o que estava à venda nesta republiqueta bananeira: espaços na mídia, parlamentares, e até mesmo, a classe empresarial, ao lhe oferecer dinheiro a juros baratos do BNDES e, por controlar os sindicatos, paz nas fábricas.

Agora vem a FIERGS cobrar alguma coisa ??? F***-se !!!

Anônimo disse...

apos 1º de janeiro 2015 ,estará tudo errado .

Surfista Prateado disse...

O editor confunde patrimonialismo com MERCANTILISMO.

Surfista Prateado disse...

E o "anônimo" ainda não entendeu que jamais houve Capitalismo no Brasil, o que tem aqui é o MERCANTILISMO, dê uma olhadinha na Wikipedia para saber o que é.

Anônimo disse...

cena deprimente...

sinceramente, tem gente que nem sei como consegue se olhar no espelho pela manha todos os dias depois de uma cena ridícula como essa...

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