Em reportagem decapa, a revistqa Veja de hoje revela que os envolvidos no escândalo que desviou bilhões da
Petrobras se movimentam para impedir o avanço das investigações. O alvo
principal é o magistrado responsável pelo processo
. A reportagejm é de Daniel Pereira e Robson Bonin. leia tudo:
A história recente do Brasil tem algumas lições para o
juiz federal Sérgio Fernando Moro.
Relator do processo do mensalão, o ex-ministro Joaquim
Barbosa recebeu do PT a alcunha de traidor e foi atacado, de forma impiedosa,
antes mesmo de decretar a prisão da cúpula do partido. Autor do pedido de
condenação no caso, o então procurador-geral Roberto Gurgel foi transformado
por petistas e asseclas em personagem de uma CPI, sendo ameaçado, inclusive,
com um processo de impeachment. Os dois resistiram, e o Supremo Tribunal
Federal (STF) condenou os mensaleiros. Descrita como “ponto fora da curva”, a
decisão, em vez de atenuar, agravou uma lógica perversa -- quanto maior o
esquema de corrupção, maior o peso de certas forças para engavetá-lo. Moro
agora é quem carrega as responsabilidades que foram de Barbosa e Gurgel. Ele
está na mira dos interesses contrariados.
Nascido em Maringá, no norte do Paraná, Moro é um dos
maiores especialistas do país na área de lavagem de dinheiro. Obstinado pelo
trabalho e discreto a ponto de a maioria de seus colegas desconhecerem detalhes
de sua vida pessoal, como a profissão da esposa (advogada) e a quantidade de
filhos (dois). Aos 43 anos de idade e dezoito de profissão, Moro é um daqueles
juízes intocáveis, incorruptíveis, com uma carreira cujos feitos passados
explicam seu comportamento no presente e prenunciam um futuro brilhante. Moro
conduziu o caso Banestado, que resultou na condenação de 97 pessoas de diversas
maneiras responsáveis pelo sumiço de 28 bilhões de reais. Na Operação Farol da
Colina, decretou a prisão temporária de 103 suspeitos de evasão de divisas,
sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro - entre eles, um
certo Alberto Youssef. No ano passado, um processo sob a responsabilidade de
Moro resultou no maior leilão de bens de um traficante já realizado no Brasil.
Foram arrecadados 13,7 milhões de reais em imóveis que pertenciam ao mexicano
Lucio Rueda Bustos, preso em 2006. Com sólida formação acadêmica, coroada por
um período de dois anos de estudos na Universidade de Harvard, nos Estados
Unidos, Moro também atuou como auxiliar da ministra do STF Rosa Weber no
processo mensalão. Com frequência, suas teses eram citadas por colegas dela nos
debates em plenário.
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7 comentários:
Esse juiz já deveria estar com meia dúzia de seguranças da PF, todos de sua confiança, fazendo sua escolta.
O problema do petismo é ter Homens de verdade atravancando seu caminho.
Políbio,
Não será "tarefa fácil" para o PT desconstruir um servidor do judiciário.
Uma coisa é detonar a Marina, uma política, outra é o Moro, um concursado.
JulioK
Tem o mesmo sobrenome do Aldo Moro...te cuida com os petralhas pois são do mesmo tipo das Brigate Rossa...
Pessoas assim devem ter um esquema de segurança especial pela PF.
Que Deus lhe protege dos petralhas, porque esses matam por pouco, basta ver o caso Celso Daniel em que sumiram com todas as testemunhas (atropeladas, mortas, assassinadas e outras mortes estranhas).
O único que não mataram foi o autor o "Sombra", pois certamente tem algum segredo em cofre caso seja morto.
Esse juiz, gente decente, orgulho da nossa justiça. Tenho pena dele e de sua família. Torço para estar errado. Por mto menos do que isso, apagaram o Celso Daniel(isso que era cumpanheiro de partido).
O problema do juiz Moro é que ele é vaidoso, gosta de aparecer na mídia. Se fosse discreto nada disto estaria acontecendo.
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