Júlio Camargo, o mais novo delator do Petrolão, é um dos investidores da Fábrica Gaúcha de Cavalos

Esta reportragem da jornalista Suzana Naiditch para a revsita Exame é de 2000. A importância dela está na presença na área de um dos protagonistas mais recentes do Petrolão, o Executivo da japonesa Toyo, que acaba de acertar delação premiada e abre as portas do inferno para os corruptores, no caso as empreiteiras e fornecedoras da Petrobrás. Trata-se de Júlio Camargo. Júlio Camargo costumava andar de jatinho para cima e para baixo, levando convidados como o chefão do Mensalão, José Dirceu. Leia tudo. A reportagem também vale a pena pelo assunto, a fábrica de cavalos de Bagé, RS. O edito recomenda:

E a região de Bagé, que reúne as melhores condições para a produção dos puros-sangues, está ganhando com isso. Tornou-se o maior centro de criação da raça no país. (Há outros dois pólos importantes: São José dos Pinhais, no Paraná, e a região de Campinas, em São Paulo.) As verdes pradarias que contornam a rodovia RS-153, nos 50 quilômetros que separam Bagé de Aceguá, no Uruguai, concentram o maior número e os melhores haras de criação de PSI do Brasil. Ao todo são 22. Como grande parte dos donos desses haras são cariocas, o trecho da estrada em que eles estão instalados foi apelidado pelo nativos de "Vieira Souto gaúcha", numa referência à avenida carioca, em Ipanema, onde vivem muitos endinheirados. Não foi por acaso que essa gente abalou-se de tão longe até Bagé para criar cavalos. A topografia suave do pampa gaúcho lembra muito a do Estado do Kentucky, nos Estados Unidos, um dos maiores produtores de PSI do mundo. O solo tem baixíssima acidez, o que ajuda a produzir pastagens excelentes. As planícies onduladas, cobertas por essa pastagem de altíssima qualidade, lembram enormes campos de golfe. Às margens da 153, a paisagem é deslumbrante. Os cavalos correm soltos pelas coxilhas

. Criar cavalos puro-sangue inglês - ou PSI, como são mais conhecidos - deixou de ser um hobby de gente endinheirada para se tornar um grande negócio no Brasil

. Entre os criadores de Bagé estão personalidades como o ex-banqueiro Júlio Bozano, sua filha Patrícia - que administra o haras do marido, o investidor Alfredo Grumser -, o empresário paulista Júlio Camargo e seu colega, o empresário carioca Antônio Joaquim Peixoto de Castro. Por ali já passaram figuras como o ator egípcio Omar Sharif, que foi sócio do especulador Naji Nahas num cavalo importado para reproduzir no Brasil. Nahas era dono do haras Inshalla, hoje transformado no Doce Vale, do genro de Bozano.

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