Esta instigante reportagem de Mariana Mazzucato pode ser lida na revista Exame. Ela mostra que sem o maciço investimento público por trás das revoluções da informática e da internet, nem mesmo atributos geniais como os de Steve Jobs, Apple, valeriam muito. Lewia:
Em seu
famoso discurso na Universidade Stanford em 2005, Steve Jobs, então presidente
da Apple, incentivou os formandos a ser inovadores "indo atrás do que
amam" e "continuando loucos". O discurso foi citado em todo o
mundo como epítome da cultura da economia do conhecimento. Enfatizando a inovação, Jobs destacou o fato de que, na
base do sucesso de uma empresa como a Apple, no centro da revolução do Vale do
Silício, estavam não apenas a experiência e a habilidade técnica de sua equipe
mas também sua capacidade de ser um pouco "maluca", arriscar e dar ao
design tanta importância quanto à tecnologia do hardware.
(...)
. Mas, sem o maciço investimento público por trás das
revoluções da informática e da internet, esses atributos valeriam muito pouco.
A genialidade de Jobs só resultou em sucesso e altos lucros porque a Apple
conseguiu surfar a onda de investimentos enormes feitos pelo Estado em
tecnologias que deram sustentação ao iPhone e ao iPad.
. Foi graças a contratos públicos da Força Aérea americana
e da Nasa que novos circuitos integrados de silício foram inventados no
pós-guerra. Sem eles, não haveria computadores pessoais, celulares nem a
maioria dos aparelhos eletrônicos encontrados no mercado atualmente.
. Embora o iPhone pareça ser um aparelho de grande apelo
com sua tecnologia de ponta, o que o torna "smart" é sua capacidade
de conectar o usuário com o mundo virtual a qualquer momento — e aqui, de novo,
há a mão do Estado. Durante o período da Guerra Fria, as autoridades americanas
estavam preocupadas com possíveis ataques nucleares e como eles afetariam as
redes de comunicação.
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